Se quisermos ter jovens bem sucedidos e uma sociedade melhor, devemos criar contextos que desenvolvam o sentido de oportunidade, a criatividade, a arte empreendedora e o prazer de se instruírem (para serem mais criativos)! Também temos de treinar a responsabilidade e, eventualmente, mostrar o valor da disciplina – como arte de persistir na busca de uma conquista.
Mais do que ajudar a desenvolver estas atitudes - e as competências que lhes darão consistência prática, que lhes irão trazer elevados níveis de poder - precisamos de os ajudar a descobrir o melhor modo de gerir a força que ganham. Precisamos de educar.
Precisamos de (n)os educar, acima de tudo, pelo exemplo.
Todos, desde pequeninos, aprendemos, copiando o exemplo dos que nos são significativos. Fazemos aprendizagem vicariante. Ao longo da vida refinamo-la. Permite-nos estar bem com o mundo. Ficamos conformes e integrados.
Para que os jovens saibam utilizar o poder, precisamos de ajudar a descobrir o prazer de usar princípios e valores que levam a decisões e resultados em que todos ganhamos. Eu ganho, tu ganhas e eles ganham (a lógica win-win-win que se adequa mais à Sociedade Hipertexto em que já vivemos).
Precisamos de criar ambientes desafiantes, favoráveis à aprendizagem. Seja na escola ou em casa, seja na rua! Precisamos de praticar e de (n)os treinar na arte de ser decente - ficando feliz com isso -, ajudando-(n)os a construir as novas teorias. Não precisamos de os instruir ou de lhes ensinar, apenas mostrar! Eles são Bons. Mesmo os que não parecem. Aprendem bem.
Mas, esta ambição encerra um grande desafio!
Nós, os «Kotas», nunca vivemos numa sociedade tão mutante, tão ligada, tão dinâmica, tão intensa e interdependente como a atual. Ela confunde-nos. As nossas competências, convicções e valores ainda não estão afinados para este «admirável mundo novo». Sentimo-nos perdidos. Os mais jovens, porque se encontram menos formatados pelo tempo, têm outra perspetiva, eventualmente melhor.
Cria-se a oportunidade para uma ótima alternativa!
Boa, Malta! É de aproveitar.
Todos, humildemente, podemos aprender e estabilizar novos valores em conjunto, em todos os espaços de vivência. Escutar mais do que ensinar, propor, buscar, explorar, experimentar, errar, sentir e refletir. Questionar em conjunto, partilhar e tentar descobrir «novos» sentidos comuns para a vida, muito além do materialismo e egoísmo que se fez lei.
A esta via, este caminho, chamaria Democracia (Plena e Amadurecida, Participada e Responsável)! Pratica-se na Escandinávia! Com ela, naturalmente, afasta-se do poder aqueles que não aprendem. Os que, de modo oportunista, se aproveitam de nós e de toda a indefinição em que vivemos para se servirem, usando os valores criados numa sociedade diferente.
Para isto, vale a pena aprender. Aprender... e ter poder.
Nenhum comentário:
Postar um comentário