Em termos globais, estamos na Sociedade Hipertexto. Na sociedade das redes flexíveis, criativas e dinâmicas. Nas redes que se governam pela negociação, pela ética e pela criatividade coopetitiva.
Mas, em Portugal, continuamos na Sociedade Medieval das redes, com vestimentas de Sociedade Moderna, que se refletem nas «ordens», nos «fatos e gravatas», nos estatutos de privilégios que alguns lugares conferem. Estamos ainda na sociedade dos compadres.
As recentes nomeações da Águas de Portugal e da EDP comprovam que as nossas redes estão ultrapassadas, mas persistem. Têm um elevado valor. No caso de Catroga, para o setor privado, vale, pelo menos, 45.000 euros por mês! Outro bom exemplo é o de Jorge Coelho. Quanto lhe paga a Mota Engil?
Com estas redes e as convicções ultrapassadas que imperam em todas as classes sociais, persistem as práticas inadequadas que desde o início do milénio têm colocado Portugal fora dos benefícios da Sociedade Hipertexto. Atrasam-nos irreversivelmente em termos económicos e sociais.
Assim, o investimento estrangeiro não se faz em Portugal, o português corre para fora, os emigrantes são já cerca de 100.000 por ano – altamente qualificados -, o decréscimo económico previsto será entre 3 e 4% e o desemprego vai afetar, em 2012, cerca de 60.000 pessoas.
Será que o problema está lá fora? Será que está na qualidade dos trabalhadores que, com muita facilidade, arranjam bons empregos no estrangeiro ou será dos horários de trabalho?
Ganhem juízo!
Na realidade, já estamos é na Sociedade Hipermédia ;-) Mas o que interessa mesmo são as redes abertas. Se as massas aderirem às redes abertas, as redes fechadas vão começar a perder a sua posição de privilégio. Basta que todos nos disponhamos a ser um pouco mais públicos e menos privados. (Eu ouço os meus conselhos, mas sou mais do que a minha racionalidade...)
ResponderExcluirAbraço.