domingo, 23 de março de 2014

Os 3 eixos da mudança

De que me serve ser rico se não puder sair à rua em segurança? Para que serve ser rico se não puder ser aceite na minha diferença e feliz na minha abordagem? 

Será mais importante estabilizar a economia hoje ou reformar o processo educativo das mais jovens gerações, para que a saibam manter sustentável? E qual é a importância da educação para a saúde, da educação física e mental ou relacional?

A Economia não é a base de tudo! Mas, a consciência e a negociação, talvez. Por isso, precisamos, por ordem decrescente de importância, de:
        
1.       Mudar a Escola (um investimento de longo prazo)
A escola deve ser um instrumento de educação cívica e de partilha de conhecimento, baseado em processos de participação e cidadania ativa responsável. Não se pode circunscrever a um centro de formação e de reforço de desigualdades.

2.       Mudar a governação política (urgente)
A política tem de ser uma nobre arte de debater, negociar e promover o desenvolvimento, numa abordagem plural e criativa. Não é um modo de vida (cheio de privilégios) para incompetentes, medíocres e corruptos, que se assemelham a bandidos.

3.       Mudar a comunicação social (mais urgente ainda)
Para ser um espaço de exploração de ideias diversas, de consciencialização plural, diversificado. Não pode ser um espaço manipulado por indivíduos eticamente inaceitáveis.

E estes serão os 3 alicerces da criação de uma boa Economia do futuro. Tudo o resto, são cuidados paliativos e manipulação de papalvos! 

terça-feira, 4 de março de 2014

O Carnaval dos bandidos


O ódio dos jovens políticos do PSD aos funcionários públicos tem origem na forma como eles olham para aqueles, mas acima de tudo, pelo obstáculo que os mais competentes representam para a sua estupidez e incompetência!

Efetivamente, na função pública – nobre função de promover uma sociedade mais equilibrada através do serviço ao outro – existem 3 tipos de «colaboradores» que os irritam por se constituírem como obstáculos às «suas vontades».

Uns, são «os ronhas», aquela malta que se encontra em todas empresas (públicas e privadas), que pouco fazem, pouco sabem, mas adoram dizer mal! Normalmente, socorrem-se dos discursos do desgraçado e inscrevem-se nos sindicatos para estarem protegidos na sua incompetência. Denigrem o valor do sindicalismo sério. Normalmente, transformam-se em líderes sindicais, prestando um péssimo serviço à sua profissão. Felizmente, são um número ínfimo. Mas chateiam!

Depois, existe um grupo de carneiros esforçados/dedicados que com pouca criatividade desenvolve o seu trabalho por rotina, tendo dificuldade em mudar as práticas, aceitando as ordens dos «seus superiores» (antigamente competentes, hoje em dia, normalmente, jovens inexperientes dos partidos do poder)!

Por fim, há um grupo, possivelmente o que tem maior representação, de «Competentes». Para os jovens imberbes da política, estes profissionais são terríveis e um alvo a abater porque: sabem mais, sabem fazer, conhecem as leis, são tecnicamente consistentes, são inteligentes e adaptativos (do melhor que conheço) e, por isso, uma ameaça à incompetência dos «meninos da política»!

Ou seja, no entender desta malta (políticos imberbes do PSD/PP ou de qualquer liberalismo estúpido e desregulado), os funcionários públicos são uma corja que convém abater. Além do mais, custam dinheiro que podia ser usado nas consultorias dos amigos.

Por isso, toca a denegri-los e castigá-los, apesar de serem polícias, juízes, enfermeiros, médicos, reguladores, etc. ou seja, funções essenciais à vida civilizada. Se só existisse mercado, os seus serviços apenas estariam ao alcance de uma pequena quantidade de cidadãos!

Por isso, hoje, que é dia Carnaval, os funcionários públicos mais sacrificados e competentes foram trabalhar enquanto todo o resto da malta descansa e «os ronhas» se mantêm na mesma. Por isso, amanhã, todos pagarão mais impostos! Afinal, até merecem, porque votam neles!