Depois de uma forte corrida ou de uma dura jornada, é tão bom parar. Não fazer nada. nem mesmo, conversar. Simplesmente, respirar, parar, ouvir uma doce melodia que mergulha no nosso olhar, sentir, estar e, eventualmente, escrever. A vida é tão boa com esta alternância entre correr e parar.
Há vinte e poucos anos, durante uma aula no curso de Geografia, rabiscava assim:
É tão bom sonhar!
Ir e voltar,
sem ter de lá ir,
aqui no lugar.
Ainda hoje me lembro. Porque será?
Liberta-me, este magnífico ato de divagar.
Hoje, mais velho, acrescentei:
É tão bom estar!
Sem querer, sem pensar.
Não ter de dar.
Estar parado, sem vacilar!
Simplesmente,
com prazer,
a escrever,
a descansar.
Longe das notícias vãs, das preocupações inglórias, de algumas responsabilidades que nos pesam!
Passaram vinte e poucos anos. O sentir é outro. Igualmente bom, tão bom como a música, os amores e os amigos que me acompanham desde aquela altura!
Obrigado!
E, assim, nasce uma prosa, um poema para partilhar e recordar daqui a vinte anos! É assim que a «minha vida» se vai fazendo. Acontece!
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