sábado, 7 de janeiro de 2012

Linda nostalgia

Depois de uma forte corrida ou de uma dura jornada, é tão bom parar. Não fazer nada. nem mesmo, conversar. Simplesmente, respirar, parar, ouvir uma doce melodia que mergulha no nosso olhar, sentir, estar e, eventualmente, escrever. A vida é tão boa com esta alternância entre correr e parar. 

Há vinte e poucos anos, durante uma aula no curso de Geografia, rabiscava assim:


          É tão bom sonhar!
          Ir e voltar,
          sem ter de lá ir,
          aqui no lugar.


Ainda hoje me lembro. Porque será?
Liberta-me, este magnífico ato de divagar. 
Hoje, mais velho, acrescentei:
        
         É tão bom estar!
         Sem querer, sem pensar.
         Não ter de dar.
         Estar parado, sem vacilar!
         Simplesmente, 
         com prazer,
         a escrever,
         a descansar.


Longe das notícias vãs, das preocupações inglórias, de algumas responsabilidades que nos pesam!


Passaram vinte e poucos anos. O sentir é outro. Igualmente bom, tão bom como a música, os amores e os amigos que me acompanham desde aquela altura!


Obrigado!


E, assim, nasce uma prosa, um poema para partilhar e recordar daqui a vinte anos! É assim que a «minha vida» se vai fazendo. Acontece!

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