Para já, a Jerónimo Martins (JM) transferiu uma sede fiscal. Um dia, faz como o Figo: zarpa de vez! É natural.
Agora está a ser atacada, denegrida. Todos lhe batem. À esquerda (PCP, BE e PS), à direita, CDS/PP. Só o PSD, fica calado. Se fosse oposição...
Porquê, tanto discurso inflamado e acusador, já se perguntaram?
Porque sabem que o «Povinho» reage desta forma. Assim, os partidos acreditam que capitalizam votos e distraem o povo de assuntos relevantes!
Não se esqueçam que este País é avesso a independências e empreendedorismos sérios. Cultiva a mesquinhez e a safadeza.
Dá jeito aos medíocres que os melhores se calem ou emigrem. Que o digam os habitantes dos distritos de Portalegre e Guarda que bem conhecem este fenómeno. Chamamos-lhe subdesenvolvimento ou «atraso». As gerações seguintes pagam-no caro!
O «atraso» não nasce das árvores nem é fruto do ato isolado da iniciativa privada.
Se não quiserem ir ao Pingo Doce - o que me vai dar jeito durante uns dias - vão ao comércio de bairro. Bem precisa, é socialmente relevante. Façam-no de modo SOLIDÁRIO, como sugere o Frederico Castro (também o faço há muito tempo). Mas, para serem coerentes, não vão aos outros hipermercados. Eles fazem o mesmo!
Quanto à ética de Soares dos Santos. Por favor, sejam justos! Muito resistiu o homem. Deu a cara e levantou a voz contra o sistema vergonhoso dos últimos anos (que perdura). Ele, Henrique Neto, Medina Carreira, e poucos mais, fizeram-no porque são independentes. Têm coragem e decência, não toleram a mentira e a mediocridade, exigem respeito. Metem em respeito!
Mas «ser decente» não é «ser parvo»! O mundo dos negócios engole os românticos (os decentes).
A JM tinha alternativa competitiva, quando joga num mercado global sem escrúpulos? Era razoável pedir-se-lhe outro comportamento? Ouvem criticar com a mesma intensidade os outros que fizeram o mesmo, muito antes?
Tanta ingenuidade!
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