sábado, 31 de dezembro de 2011

Tudo...para ser feliz

Tudo, é muito, é pleno, é infinito, e mais além. Tudo, é TUDO. É o contrário de nada! Tudo se transforma, tudo é efémero, tudo é... e deixa de ser. Nada permanece. Tudo muda, continuamente. Nem tudo está ao alcance do nosso conhecimento! Erro crasso, caro Descartes.

Despeço-me sempre com: «TUDO de BOM»! Desejo-te uma vida cheia de tudo o que haja de bom! Aproveita o dia (carpe diem), goza o momento. VIVE TUDO, apesar dos constrangimentos.

Em cada dia, cultiva (as lindas rosas que podes ajudar a crescer), cultiva-te, aprende, transforma-te, aperfeiçoa-te, para aproveitar melhor os momentos, um de cada vez. Para viver melhor, «com-tigo» e com os outros. Afinal, na vida, TUDO PASSA.

Na vida, «Tudo é difícil, antes de ser fácil»!

O cérebro e o coração «são músculos» que nos ajudam e atrapalham, nos cultivam. Treinam-se mutuamente. Não precisam que os ensinem. Os marotos aprendem - a sentir, a sonhar, a correr, a namorar, etc. - porque fazem um esforço diário conjunto e divertido. Criativo. Adaptam-se, resolvem problemas, criam hábitos para se manterem vivos e ligados. Mudam!

Como diz o encantador de cães: «Disciplina, esforço (treino) e afeto, mudam qualquer animal».

Se sentes que precisas. Muda! Educa-te, treina, transforma-te, faz o que estiver ao teu alcance, dia-a-dia, em vários momentos. Goza-os, aproveita-os. Se for necessário, MUDA TUDO, sem te obrigares. Faz um esforço divertido, aplica-te com disciplina e afeto, com a ajuda dos outros.

Não mudes os outros. Não ensines, não forces. Ajuda-os a mudar. Desafia-os e apoia-os.

O que faço de mais importante, não me ensinaram. Aprendi!

BOM ANO, cheio de boas mudanças!
É TUDO o que te desejo para 2012.  

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Maldita ou Madrasta: que Escola?

Aqui deixo o contributo do meu querido amigo Raul. Chegou por e-mail. Porque considero de grande riqueza para o debate, pedi-lhe autorização para publicar. Ele acedeu. Afianço-vos que este foi um dos excelentes professores que conheci! Está reformado, que pena! Quem, também, o diz são os seus alunos. Ele sabe do que fala. Normalmente, só fala do que sabe. Além disso, é a integridade e a civilidade em pessoa! Obrigado Raul.


Maldita ou Madrasta: que Escola?


Para quem, praticamente, nunca deixou o ensino nos últimos 53 anos, com mais de duas décadas na docência do básico 3 ao superior e umas quantas (re)formas pelo meio, esta reflexão não pode ser ignorada nas seguintes dimensões: i) a escola pode ser quase tudo; ii) a escola mal falada (mal-dita); iii) a escola asfixiadora, mas também a ‘escola aspirador’ (mais comum em graus superiores); iv) a Escola (Extra)ordinária (sem nomes).


A ‘Escola pode ser quase tudo’ sem ser ‘madrasta’, arredia da investigação inovadora, normalizadora de procedimentos, tipo ‘fabrica de parafusos’, isolacionista qual escola redoma, normalmente elitista e situacionista, muitas vezes museológica, nalguns casos padecendo da síndrome dos ranking, prometendo o Homem livre, mas trabalhando para o amestrar, amputando-lhe a liberdade e muitas vezes conduzindo-o à marginalidade, por incompreensão ou ignorância. 


‘Maldita / Mal-dita / Madrasta’ sempre que não percebe que trabalha para domesticar a afectividade, embotar a perspicácia, tolher a diferença, na ânsia de criar cidadãos integrados e ordeiros: o rebanho!


A ‘escola mal falada (mal-dita)’ foi uma brilhante criação dos media ao serviço de diferentes governos, com ‘acólitos’ comentadores imbecis que foram tentando corroer a tríade ‘pais-professores-estudantes’ que suporta o Sistema, mas sem se preocuparem em dizer que os pais devem saber o que esperar dos seus filhos; que os professores têm de dominar a ‘arte’ de ensinar, sem desgaste e com prazer, logo com ‘treino’ adequado; que os estudantes devem progredir sem tédio e com prazer, tornando a ‘escola mal falada’ numa ‘escola bem amada’, não necessariamente a do ‘mestre camarada’, mas de certeza a do ‘mestre companheiro’.


A ‘escola asfixiadora’ é uma praga que existe desde que vesti os primeiros calções para me sentar nos seus bancos, hoje aparentemente menos agressiva. A asfixia começa em conteúdos programáticos muitas vezes desfasados da idade dos alunos e da realidade, mas que servem os interesses de afirmação académica da ‘Disciplina’, reproduzindo para baixo o que é suposto saber mais acima, bastas vezes de uma forma (des)propositada. Uma organização docente ‘forçadamente’ de equipa, onde é fácil encontrar problemas de liderança, uma deficiente articulação com o exterior e uma ‘castração do diferente’ (estudantes e professores) ajuda à falta de ar. Quanto à ‘escola aspirador’ é a da mão-de-obra barata onde muitos alunos trabalham naquilo que não lhes interessa mas que é útil para os professores, por várias razões, nenhuma legítima.


Quanto à ‘escola (extra)ordinária’. Extraordinária porquê? Porque tem boas posições nos ranking nacionais, independentemente da sua localização? Porque promove a inclusão? Porque é amiga? Porque não é madrasta?


Por fim e apesar do texto não se debruçar sobre a dimensão prática do ensino, tenho de trazer à colação a ‘escola do saber-fazer’. Com a extinção dos Cursos Comerciais e Industriais após o 25 de Abril de 1974, mais por questões políticas discutíveis do que por demérito de resultados, que aliás asseguraram a entrada de excelentes profissionais em diferentes sectores do comércio, indústria e serviços, impunha-se voltar a olhar para a via profissionalizante de forma a restabelecer uma maior/nova interacção entre os mundos da escola e do trabalho. Contudo foi-se olhando para o ‘sistema profissional’ como um antídoto contra o desemprego, como um lugar onde era necessário manter ocupadas algumas ‘crianças’ e adolescentes perante a falta de trabalho, ignorando-se que esta via também deve fazer parte da ‘escola de todos’, o lugar para obter um melhor trabalho, mais êxito e sabedoria.


Raul Marques, 30 de Dezembro de 2011 


Nota minha: este texto foi escrito ao sabor da tecla, sem ter sido revisto posteriormente. Quem escreve assim...é obra!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Maldita escola

Escola é civilização. É, a par da televisão, da Web e do ambiente familiar, uma das forças da EDUCAÇÃO, do civismo... ou talvez não. Tem ajudado no progresso (acima de tudo, económico) do país e do mundo. Mas, pode fazer mais.

As Escolas são boas, marcantes! São os lugares onde abrimos a mente ou nos ensinam a fechar. São os nossos contextos reais (não virtuais) de socialização, num período marcante, da infância e juventude, 10 a 15 anos em que definimos a vida adulta (mais de 50 anos).

Dão-nos asas para voar ou palas para «burrar», «emburrecer»!

Para alguns, os que mais necessitam delas, é o espaço para criar sonhos e recolher competências, amizades, exemplos. A Escola pode ser quase tudo.

Mas, porque existem pensamentos cretinos como os do ministro da instrução (da educação), porque, nós, professores, temos cadeiras pedagógicas que não treinam a liderança nem a boa comunicação (e, depois, somos incompetentes a liderar grupos de 30 pessoas), porque continuamos a achar que as contas de matemática são mais estruturantes que o poder reflexivo da ética e da filosofia, da comunicação e da psicologia, então, a escola, é, cada vez mais «mal-dita», mal falada. É incapaz de responder aos nossos anseios e às necessidades da Sociedade Hipertexto em que vivemos.

A Escola também é MALDITA! Porque, muitas vezes, num período crucial de desenvolvimento da personalidade e dos comportamentos, prende, bloqueia, atrofia, fecha, mata os cérebros e os corações dos que querem aprender! É importante para padronizar o pensamento e o comportamento, o que dá muito jeitinho aos sistemas de poder concentrado e hierárquico!

Foi esta escola que nos criou. Criou o Zé e o Sócrates, o Tino e o Passos Coelho, tu e eu. Criou a geração «à rasca», a geração «rasca», a geração «tasca» (a que pertenço) e a geração «podre» (a que pertencem os líderes medíocres que se aproveitaram do 25 de Abril para, de mãos dadas, assumirem o poder que hoje temos).

Mas, há ESCOLAS EXTRAORDINÁRIAS (como o externato Fernão Mendes Pinto, em Benfica), professores especiais (como os Pedros que conheço), dirigentes rigorosos e funcionários que eu quereria ter nos meus projetos. Graças a estes, temos miúdos, por vezes, de famílias «manhosas», que entram como pedras toscas e de lá saem como DIAMANTES, com asas para voar!

MALDITA escola. Que mundo teríamos se dominassem as outras, as extraordinárias!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

O meu mundo é belo...

...e farrusco!

Belo..., porque conheço muita Gente que faz COISAS BOAS e, também por esse motivo, vivemos hoje uma vida muito melhor do que em 1970. Somos mais ricos, mais educados, temos melhor saúde, melhores condições para sermos felizes.

Factos são factos, o Índice de Desenvolvimento Humano comprova-o! 

Tenho a sorte extraordinária de dar formação e fazer consultoria no sector da saúde e do desenvolvimento local, onde, todos os dias, conheço gente de bem! Bons processos, ótimos resultados. Projetos com esperança. Vejo muitas «carinhas felizes».

O meu mundo é belo porque vejo pouca televisão, leio poucos «excrementos repetitivos» de pseudo-informação. Não sei se são notícias. São tretas, polémicas e balelas do mais vergonhoso e comprado voyerismo. Pobres dos jornalistas decentes que se encontram envolvidos no sistema que os editores e directores protegem.

Mas, também é farrusco..., porque muita gente se queixa, quando há tanta coisa boa para fazer. Porque somos negativos. Porque cultivamos «este jeito meio-estúpido de ser». Porque somos mais egoístas, apesar de termos muito mais do que em 1970. Porque há tantas coisas más que deixamos acontecer!

Carinhas felizes

Com o dinheiro contado para cumprir os compromissos, todos os dias me levanto para ajudar a construir um mundo melhor, com mais «carinhas felizes»! Sou imperfeito, a ambição é grande, mas vale a pena tentar! Pelo menos, no fim do dia, deito-me com a agradável sensação de que dei mais uns passos. Aprendi mais um pouco. A vida, assim, tem sentido.

Há, felizmente, muita gente assim. Gente melhor. Gente generosa, decente, que se sacrifica e «luta» pelo bem comum, que empreende, que faz. Professores, formadores, enfermeiros, médicos, «funcionários públicos», auxiliares, polícias, bombeiros… crianças (essas são genuínas no ato de ajudar, quando lhes damos espaço para tal)... voluntários, tantos, tantos, que faz impressão.

Tanto altruísmo, tanto valor, pouco glorificado! Tanto trabalho BOM que não reconhecemos. Tantos salários miseráveis que lhes pagamos. Às vezes, aparecem em «fogacho», no Natal, como curiosidades, na televisão e nas revistas. Mas são heróis!

Em contrapartida, todos os dias, no horário ou nas páginas nobres, alguns, poucos indivíduos, são glorificados pelos resultados das suas empresas e (des)governos. Pagam para isso. São visíveis, importantes pelas conquistas que nos afetam, como se vê. Mas os meios de comunicação e os salários recompensam-nos diariamente por criarem tristeza, miséria e pobreza.

Que estupidez. Premiamos o egoísmo e cultivamos o poder medíocre que se compra!

Se mais não posso fazer, por agora, pelo menos, do fundo do coração, agradeço aos BONS: MUITO OBRIGADO a todos os que, com generosidade e decência, todos os dias, se levantam para ajudar a construir um mundo melhor, com parcos rendimentos, sem que a comunicação social vos valorize.

A vocês, amigos do Desenvolvimento que gostaria de ver mais com «carinhas felizes», (Clara, David, Isabel, Joana, Jorge, Manuela, Raul...Tânia, e tantos mais que posso citar), agradeço, do fundo do coração, o vosso esforço, apesar dos insucessos que temos e da pouca visibilidade que vos dão.

A vocês (Alberta, Cláudia, Luís, Paulo, Olga e mais alguns ex-colegas do liceu D. Pedro V, em Lisboa) que têm lugares relevantes na socialite da comunicação, que gosto de ver com «carinhas felizes», grito: «PORRA, ACORDEM!», valorizem os BONS comportamentos, escondam os maus. Mostrem mais os que devem servir de exemplo para construirmos um mundo melhor.

Vocês, malta da comunicação, têm uma responsabilidade acrescida na Educação. Nós precisamos de vocês! Com outros comportamentos. Em 2012 precisaremos do vosso lado melhor.

Para todos, e para mim, desejo ver «Carinhas Felizes» em 2012. É uma das melhores razões para viver.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Sou Preto!

Nasci em África. Tive essa sorte. A de perceber, em tenra idade, que a Terra é muito mais forte. E, apenas, de mãos dadas, poderemos estar bem com Ela!

Para nós, é evidente que a vida se conquista em cada dia, com energia, ambição, esforço, solidariedade, sofrimento, respeito e amor. E, no final do dia, reunimos e comemoramos mais uns feitos, no café, na taberna ou na rua, à porta das nossas casas.

Sou Preto e sou Estrangeiro (entornado). Felizmente até somos árabes!

Nasci em África, vivi no interior deste Portugal (continental), e sinto-me preso nesta capital elitista do império Português, nesta Europa snob, no reino obscurantista e capelista dos «Lisboas».

Sou Português, de uma pátria extraordinária que, em tempos, seduziu e conquistou o Mundo e que, nos últimos 250 anos, se tornou subserviente,  francófona, primeiro, anglófona, depois, de qualquer modo, bacoca e inibida pelo provincianismo e falta de respeito dos seus líderes à sua extraordinária História.

Sou Preto! Filho de uma nação extraordinária, que Martin Page, no seu livro «A primeira aldeia global» glorifica, boquiaberto, com as inúmeras estórias da História de Portugal. Sou Preto e sou Branco.

Tenho uma bis-avó javanesa e um trisavô holandês! Felizmente, sou de muitas cores! 

Trago no sangue a alma exploradora de três continentes e o sentido da universalidade que, hoje, e sempre, nos ajuda a criar soluções. Carrego a cultura aberta deste Portugal e a experiência de quem pouco teve, daqueles que viveram em barracas, mas que este país (pós 25 de Abril) conseguiu aconchegar e desenvolver para que, um dia, pudesse «ser alguém».

Estou grato a este MEU PORTUGAL, ao meu povo e a alguns dirigentes!

Sou Português, nasci com o povo, tenho orgulho no que fomos, somos e seremos: um povo multicolor (que alguns espíritos medíocres procuram atrofiar para seu bem!) capaz dos mais extraordinários feitos.

Apesar dos contextos, venha daí 2012. Venha daí mais um ano, que enfrentaremos com todas as nossas cores. Sem guerras! 

Daremos as mãos, inspirados pela Universal Alma Lusitana, que nos levou aos Descobrimentos, e faremos mais uns feitos extraordinários, com a triste snobeira dos «Lisboas».

Felizmente, continuo a ser Preto!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Amar é uma escolha...

...Amor é um sentimento.

Amar é um verbo, um acto, um processo, a mais nobre palavra que conheço, uma escolha. Pode ser bem ou mal sucedida. Amar, é criar Amor, dar carinho, acolher, aconchegar, fazer o bem ao outro, ajudar a crescer e a ser feliz. É praticar o Natal do «puto do presépio»! Amar, é uma generosidade, é dar-lhe o que o outro precisa! Nem sempre, o que deseja, o que quer.

Nem sempre conseguimos Amar. 

Não sou capaz de Amar os que me envolvem em todas as circunstâncias, em casa, na rua ou no trabalho! Seria bom (suspiro),...ai como seria! Mas nem sempre estou disponível!

Amar (dar Amor) pode estar nas nossas mãos, se as emoções o permitirem. Mas, sentir Amor, é algo que depende do coração de quem recebe! Trocar Amor tem que ver com Dar e Receber! É o auge de Amar.

À medida que aumenta a intensidade e as obrigações da vida, perdemos competências para Amar e para sentir o Amor que trocamos. Não crescemos. Estupidificamos, racionalizamos, padronizamos, materializamos o Amor e os nobres e instintivos actos de Amar. 

Confundimos o Amor, esse sentimento de acolhimento e carinho, com o prazer de receber prendas e viver momentos efémeros, por vezes, de êxtase. Transformamos o Amar em actos de querer, de esperar, de ter, de exigir. Nessa angústia, afogamos as relações em prendas, obrigações e desilusões. E, depois...as relações (de pessoas que se amam) acabam porque JÁ não sabem Amar nem sentir as dádivas de Amor.

Feliz Natal. Amem-se muito, que a vida é curta!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Sábias palavras

Cruzei-me há pouco com a velhota do carrapito. A «cusca do 8º andar», dizem alguns! A senhora simpática que  faz o que pode para apoiar os que acolhe no coração! 

Tive o prazer de ouvir as mais sábias palavras destes votos de Natal: «Nesta altura, com tudo às avessas, desejo-lhe Saúde, Sabedoria, para compreender tudo isto, e Harmonia para viver em Paz. Um santo Natal para si e para a família».

Ah «g'anda Cusca», assim é que se fala! Para quê ser Doutor? 

É preciso é SABER! 

Faço minhas as suas palavras, desejo-vos Um Sábio Natal.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Morte aos feriados

Não precisamos de férias nem de feriados! Não precisamos de descansar nem de fugir das frustrações dos espaços de trabalho onde não valorizam os talentos e as competências de cada um ou nos agridem diariamente.

Os hoteleiros do Algarve e do interior não precisam que os portugueses façam férias, nem pontes. Os velhotes não precisam que os seus filhos e netos, litoralizados, os visitem. «Pontes», isso é parvoíce económica!!!!!!!!!!!!!!! Acabe-se com elas.

Ou será melhor acabar com os comportamentos estúpidos dos que não sabem decidir, dos que não sabem liderar e dos irresponsáveis  que não querem trabalhar melhor!

Acordem «parvalhões»!

Nota: Desculpem-me o português brejeiro e a agressividade do texto! Mas ecoa melhor na caixa de ressonância emocional de cada um. Só enfia a carapuça quem quiser.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A vida seria mágica!

Quantos talentos e soluções já se perderam por bloquear a paixão e a diferença com a formatação do ensino? Quantos dos meus colegas de infância e juventude têm, hoje, vidas miseráveis que os ensinaram (e aprenderam) a ter? Quantos miúdos e graúdos já se mataram ou deixaram morrer, desapaixonados e desesperados, porque não podiam SER como eram? Quantos abandonaram os seus sonhos devido aos bloqueios dos seus pais, pares e professores? Quanto perdemos? Quanto vamos ainda perder?

Ai, quem me dera!

Quem me dera que todos os professores e alunos do mundo descobrissem o prazer de aprender, respeitando as diferenças, os talentos pessoais, fazendo um esforço diário apaixonado, para se transformarem, com os desafios com que se deparam, através de caminhos diversos, com fins bem negociados. Há tantos caminhos (feios e bonitos) para chegar a qualquer destino!!!

Seriam especiais e entregariam aos outros as coisas que eles adorariam. Seriam bem sucedidos, únicos, mais relevantes.

Seriamos mais felizes (apesar dos fracassos)! 

Assim, sem fantasias...a Vida seria Mágica!   

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Sonha!

Quando não acreditas,
quando sofres, com medo,
não pares, não desistas,
Sonha!

Ouve a música que te faz feliz,
recorda as vitórias e,
por favor, continua...

Nunca sabes o que podes conquistar,
antes de tentar!

Boa viagem.

Indispensável peça-chave

Paradoxalmente, estamos numa crise apaixonante. Vivemos a mudança mais intensa da história da Humanidade. Uns conseguirão adaptar-se, outros irão sucumbir, (presos a convicções e à sua incapacidade de olhar a vida de um modo diferente, com medo de aprender, de mudar, de se adaptarem)!

Temos excelentes condições materiais e tecnológicas para ser felizes. Muito mais do que tinha a geração de Abril ou os ancestrais da Revolução Industrial! Mas criámos piores condições pensamentais, espirituais, emocionias e sociais.

As outras gerações sabiam o que era a Generosidade, a Fraternidade e a Solidariedade. Não se ficavam pelos escritos. Muitos, não sabiam escrever nem ler! Simplesmente, praticavam-na por necessidade e Educação dos sábios.

Agora (e sempre), se quisermos vencer, devemos ser «peças-chave». Pessoas positivas, otimistas, que criam ligações especiais, resolvem problemas com uma enorme criatividade, que criam laços através de dádivas, de contributos! Pessoas que não ficam presas ao medo de falhar. Preferem o arrojo de experimentar e generosidade de dar. E os outros agradecem, chamando-nos, contratando-nos, fazendo com que estejamos por perto. Porque lhes damos!

Se quiserem saber do que falo, peçam, como prenda de Natal, o livro de Seth Godin: «Como se tornar indispensável» e o outro, dos irmão Chip e Dan Heath: «SWITCH – como mudar quando a mudança é difícil». 

Tenham um ótimo Natal. Hoje e para sempre! Na Unidade de um qualquer Espírito Santo. Sejam bons, sejam especiais, sejam felizes;-)! 

Qualquer um aprende e consegue mudar, desde que queira e faça por isso. Tudo é possível, passo a passo, com tempo, alguma criatividade, dedicação e ação!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Ganhar o futuro..mudar de paradigma

Apenas recordo que, para transformar a sociedade atual e ganhar o futuro, será essencial mudar de paradigma, como bem expressa Sir Ken Robinson em http://www.youtube.com/watch?v=zDZFcDGpL4U&feature=relmfu


Não é preciso dar passos atrás, como propõe a reforma educativa agora em debate! Nem cultivar a diversão, sem rigor e desafio. 


Nem 8, nem 80! Nem a estupidez das gavetas disciplinares e a cultura dos limites, nem o construtivismo libertário que dispersa e atrapalha! Mas, antes, um pouco de oito e de oitenta, uma espécie de 88! 


Sejamos capazes de desenvolver um construtivismo balizado, com áreas de aprendizagem carregadas de significado social, real. Como o fazia Celestin Frainet, no início do século 20. Mas o ministro da Educação, coitado, porque é ideologicamente bloqueado, não fez o trabalho de casa com rigor, desconhece! Resultado: um grande retrocesso na Educação, voltamos ao paradigma anterior, quando devíamos avançar para o seguinte! 



Nota: «Celestin Freinet nasceu no sul da França, na região de Provença, numa família de oito filhos. Seus dias de escola foram profundamente desagradáveis, e afetaram seus métodos de ensino e desejo de reforma. Enquanto cursava o Magistério estoura a Primeira Guerra Mundial. Interrompe seus estudos e é obrigado a alistar-se. Recrutado pelo exército francês, em 1915 na ocasião teve uma lesão pulmonar causada por gases tóxicos. Esta experiência o transformou em um pacifistaconvicto. Em 1920 iniciou seu trabalho como professor de escola primária, antes mesmo de concluir o curso normal. Foi quando Freinet começou a desenvolver seus métodos de ensino. Ele atuou como professor-adjunto em Le Bar-sur-Loup e docente em Saint-Paul.

Em 1923 Freinet comprou um tipógrafo, para auxiliar a atividade de ensino, já que seu ferimento do pulmão dificultava que falasse por períodos longos. Foi com este tipógrafo que imprimiu textos livres e jornais da classe para seus alunos. As próprias crianças compunham seus trabalhos, os discutiam e os editavam em pequenos grupos, antes de apresentar o resultado à classe. Os jornais eram trocados com os de outras escolas. Gradualmente os textos do grupo substituíram livros didáticos convencionais.

Em 1924, Freinet criou uma cooperativa de trabalho com professores de sua aldeia, esta cooperativa suscitou o movimento da Escola Moderna na França. Neste mesmo ano inicia as primeiras correspondência escolares...» in http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lestin_Freinet, acedido a 15.12.2011, às 18.59 h TMG.

A guerra ou a Paz?

Tudo o que pensamos, decidimos e fazemos depende do instinto, da educação e das experiências que temos. Perante os estímulos que se nos apresentam, temos comportamentos, influenciados pelas nossas atitudes e os ambientes em que nos integramos.

O instinto, parece genético, eventualmente transcendente, estruturante, difícil de transformar. As experiências e os estímulos são, na maior parte das vezes, fruto do acaso e da sorte, das interações com o meio. Também controlamos pouco. A única componente que nos resta, na qual temos um poder relevante, é a educação.

A Educação começa nos primeiros meses, mesmo no ventre da mãe (leia-se, a este propósito, o livro do pediatra Gomes Pedro: Para um sentido de coerência na criança). Mas prolonga-se, caso o desejemos, até aos últimos anos de vida, como se consegue perceber nos contextos profissionais e no livro: Switch, como mudar quando a mudança é difícil.

Com umas convicções educativas, produzem-se determinados ambientes de aprendizagem e certas mentalidades. Com outras convicções, criam-se outras. As que temos, são ainda muito fechadas, ultrapassadas, envelhecidas e inadaptadas a uma nova Sociedade Hipertexto.

Com o espírito que anima as práticas educativas (normalmente instrutivas e pouco educativas) em Portugal, constroem-se mentes fechadas, rotineiras e tendentes para a frustração. 

Com outro espírito, aberto e adaptativo, com outra forma de educar, criam-se condições para que as pessoas «se cresçam», habilitadas à adaptação inteligente e à expressão maximizada dos seus talentos. Promovem-se campeões da vida! Pessoas que se transformam continuamente em harmonia dinâmica com o meio. Pessoas que sabem respeitar e aproveitar o melhor que há nos outros.

Mas para que isto acontecesse era preciso que tivéssemos muitas pessoas bem educadas nos papéis de pais, professores, decisores e ministros! Para já, este desejo não passa de um sonho que as nossas escolas, as nossas famílias, os nossos decisores e governantes teimam em contrariar diariamente! E, depois, perante os desafios que vamos encontrando, temos a cultura do pesadelo e do fado maldito, dos lamentos do azar! Como se de azar se tratasse.

É por este motivo que temos agora o ministro da instrução no ministério da educação, as empresas aos gritos, definhando, perdendo capacidade competitiva e os «tugas» a queixarem-se da vida.

Até quando manteremos o cenário? Quando faremos uma revolução... de mentalidades? Quando mudaremos a educação? E transformaremos o pesadelo da maioria em novos raios de esperança e ação?

A revolução das mentalidades será o caminho mais seguro para a Paz, para a renovação e para o desenvolvimento. Não a fazer, será preparar outra revolução, provavelmente sangrenta.

Quando quiserem o caminho da Paz, contem comigo! Os que me conhecem sabem o faço todos os dias, em todas as formações e contactos de «trans-form-ação» ou educação que tenho.

Tenham um excelente dia-a-dia. Em Paz! Mas, se for preciso, mudem!

O mundo mudou

Depois de anos de sucessos com o chico-espertismo e os compadrios bacocos (por vezes, corruptos), numa economia em expansão, em que o modelo de desenvolvimento se baseava na construção, na dívida e na instrução, agora, numa Sociedade Hipertexto diferente, as empresas portuguesas e os «tugas» devem apostar na COMBINAÇÃO, temporariamente perfeita, entre matéria cinzenta, sensualidade comunicativa (que permita cativar) e CONCRETIZAÇÃO.

Precisam de gerar produtos e soluções que as pessoas e as comunidades necessitam, de modo efémero, agora, apostando em processos de contínua inovação e RENOVAÇÃO, através do ESPÍRITO CRIATIVO das equipas, com as tecnologias digitais de suporte! Isto cria o que Gary Hamel apelida de vantagens adaptativas.

E têm de agir (com arrojo) na perspetiva de que o mundo inteiro está ansioso por aproveitar a genética criativa e relacional dos portugueses, em projetos devidamente estruturados e confiáveis.

Quem o tem feito...sai-se bem em tempos de crise!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Estão loucos?

O Governo passou-se? Dá uma no cravo (exigindo e aparentando ter mais rigor e qualidade) e outra na ferradura, apresentando propostas educativas que promovem o subdesenvolvimento nacional?

O ministro da educação apresentou uma proposta de alteração de programas que é uma verdadeira aberração para o desenvolvimento do país. Não será pelo facto de os alunos terem mais horas de aulas pouco eficazes de Português, Matemática, Geografia e História que serão melhores cidadãos ou, potencialmente, melhores profissionais.

Se queremos um país mais empreendedor, mais feliz, mais responsável, por favor, ajudem a parar a proposta de alteração curricular que o Governo apresentou. É estupidificante. Vai aumentar o desinteresse dos alunos pela escola, mantendo tudo na mesma, mas desvalorizando o trabalho de competências.


Perdemos muito ao eliminar a disciplina de Formação Cívica e parte da Educação Visual e Tecnológica. Já eliminaram Projeto. Estão a desvalorizar e a eliminar todas as áreas que ajudariam a construir melhores cidadão, mais competentes e responsáveis. A única coisa boa é o investimento em Inglês. Se tiver abordagens pedagógicas cativantes e aulas mais interessantes!

Com este tipo de abordagem, estamos a promover cidadãos menos motivados para a exploração de conhecimento, com pouca atitude resolutiva e empreendedora. Estaremos a promover a mediocridade operativa, apesar de, aparentemente, se investir naquilo que alguns ainda apelidam de cultura geral (era de facto a cultura geral dos anos 60 e 70), na época em que esta se constrói na Internet, nos eventos programados pelo marketing, nas empresas dinâmicas e nas grandes agregações desportivas!

Isto só da cabeça de gente que não faz a mínima ideia do que é aprender e desenvolver-se no século 21! Este sim, é um retrocesso civilizacional!

Por favor, ajudem a parar esta parvoíce, criando propostas alternativas que sejam capazes de produzir cidadãos mais sábios, mais empreendedores e responsáveis e menos academismo medíocre, que tem impactos negativos no prazer de aprender e na produtividade nacional.

Ajudem a formar professores com competência capazes de promover aprendizagens relevantes para a vida (que, naturalmente, desenvolvem a cultura geral), com significado na atualidade e no futuro, não fundadas nas perspetivas académicas ultrapassadas há vinte anos em Portugal e há 40 na Dinamarca.

Se não percebem nada deste assunto, perguntem a pessoas reconhecidas como os Prof. Marçal Grilo e Roberto Carneiro. 

Amigos, empresários e empreendedores, por favor, para nosso bem e dos vossos filhos, mexam-se contra esta aberração passadista. 

PS: Talvez o interesse da medida seja o de apaziguar os grupos profissionais de História e Geografia que ficaram descontentes com as horas «ganhas» pelos professores de Português e Matemática.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Quase tudo é possível!

Muitas vezes, a possibilidade surge quando olhamos com um ponto de vista diferente.

Na vida, tudo são factos, eventos, momentos, situações! Que podem ser sentidos como poemas. A diferença depende das partes do cérebro que utilizamos para «ler» o que vemos.

Os factos trazem o aparentemente real. Os poemas dão-lhe sentido, valor, simbolismo. Estabelecem uma relação emocional.

Os inteligentes utilizam as duas perspetivas e admitem inúmeros sentidos de interpretação que os outros lhes tragam. Têm um espírito aberto, eventualmente em desenvolvimento.

Os estúpidos acreditam na sua Verdade. Ficam zangados quando não os entendem! Angustiam-se, estrebucham, lutam, chateiam e atacam, criam  conflitos nas empresas e na praça pública (na política). Para quê?

Não seriam mais inteligentes se abrissem os olhos para as outras poesias? Ou será que são tão estúpidos que pretendem fazer de nós «os parvos» do seu poema de vida?

Sejam felizes!

Obrigado puto

Perante os obstáculos, quando os mais velhos bloqueiam, um miúdo, a sua ingenuidade e o seu desconhecimento iniciam um milagre coletivo. Tudo é possível, passo a passo, com tempo, dedicação, alguma criatividade e ação.


E o problema resolve-se! Seguindo todos, com naturalidade, os seus destinos.

É esta a força da vontade ingénua, do voluntarismo e da liberdade de sentir em vez de pensar! Mas nós temos de aturar os nossos vícios de pensamento e ação, que nos transportam para um beco sem saída económica e natural, neste planeta!

Quando será que os mais envelhecidos irão acordar? O que teremos de fazer para que tal aconteça? Agradeço todos os contributos que Nos queiram dar!

Feliz Natal

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Levantados do chão

Depois de mais uma queda, de mais um fracasso, podemos ficar parados e tristes a chorar o insucesso ou levantarmo-nos, analisar o percurso, olhar para a frente, guardar o que aprendemos com a experiência e seguir. Assim, ficamos mais competentes e fortes para uma nova aprendizagem. 

É isto que os miúdos fazem para aprender a andar e, com este simples recurso, ganham asas para a vida.

No entanto, na escola, no emprego e na família promovemos o padrão do MEDO DO FRACASSO, condenamos a vontade de aprender quando incutimos o medo de falhar!

Criamos mentalidades fechadas, constantemente aprisionadas no «Cuidado, vais-te dar mal», «Tu és assim», «És Tótó», «Nunca mais percebes isto?», etc. Geramos uma cadeia de bloqueios limitantes e castradores! E acabamos por acreditar que somos assim, somos mais fracos, valemos pouco. 

Todavia, apenas ESTAMOS ASSIM! neste (a)caso, neste jogo, fizemos isto, tivemos um desempenho, amanhã estaremos e faremos diferente.

Nós não somos, nós ESTAMOS e, continuamente, podemos aprender, mudar e até transformar os traços mais profundos do que somos! Com alguma calma, diversão e controlo.

Para sermos mais competentes, precisamos de experimentar, de arriscar, de fazer e de falhar, de rir, de brincar de gozar com as nossas tolices momentâneas! Dá-nos jeito o conforto dos outros, o apoio, o sentido de entreajuda, o espírito de camaradagem e equipa. É tão bom poder partilhar as incompetências e as fragilidades!

Para aprender, é preciso coragem, esforço e tolerância ao erro e à falha, ao fracasso. Mas também é preciso assumi-lo como natural e positivo, aproveitando-o para nos tornar mais fortes e competentes, para nos ajudar a ter mais um recurso para o próximo jogo da vida!

E, no final de mais uma experiência fracassada, precisamos de perceber o que aprendemos. Ficámos mais ricos com o processo, apesar do resultado. É necessário aceitar e estar grato com a experiência.

Depois de mais uma queda, levantamo-nos, sacudimos o pó da roupa, cuidamos das feridas e partimos para outra, sabendo que a maioria das pessoas se vai rir da nossa queda e, eventualmente, de nós! Porque ainda não aprenderam a perder, a vencer e a conquistar.

«Eles não sabem nem sonham que o SONHO comanda a vida!» E, afinal, fiquei mais forte porque perdi, porque errei e sobrevivi. Porque aprendi e ESTOU um novo Eu, temporariamente assim, é a vida, vamos a isso!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Lisboa, cidade poética

A cidade de Lisboa é um espaço atamancado, mal amanhado, descontextualizado! Mas vivo. Um contínuo incoerente de espaços públicos e privados com muitas histórias para contar. É uma cidade criativa, criada e recriada em tempos muito diferentes, reflectindo a evolução urbana e a nossa sociedade desorganizada, quase caótica, dinâmica e em constante adaptação.

Lisboa é uma cidade que manifesta de modo inequívoco a Alma Lusitana. Com tudo o que tem de bom e de mau, com toda a sua poesia, a prosa e os desvarios que atravessam as sociedades transformantes em transformação constante. É o espelho do país que vamos tendo.

Um passeio a pé, desde a Estrela até à Junqueira, que dura uma hora de vida, sempre a descer, com o barulho quase ensurdecedor dos veículos de transporte, mostra-nos a cidade das avenidas (como a Infante Santo) e dos lugares como a «Casa da Mariquinhas» em Alcântara e o largo do Calvário onde o sr. João, transeunte matinal, repreende a menina Fernanda, cruzando-se com ela, na passagem que o estreito passeio permite, por chegar ao emprego em cima da hora: - «olh'ó relógio, assim,o ti Luís despede-te!», ao que ela responde: -«foi a noite, acabou tarde!».

Somos marcados por espaços, desenhados e concretizados para a escala humana, posteriormente adaptados para a cidade automóvel e, mais recentemente, recriados, nos espaços privados (de uso privado ou público), para a escala global. Mas, neles, continua a haver pessoas, que se conhecem entre si. São os Bairros. São a Polis, o local de encontro, a minha cidade! São o palco dos momentos e das relações que também nos marcam.

Viva a Lisboa poética que vamos encontrando por aí!

domingo, 13 de novembro de 2011

Alunos excelentes, políticos e «tótós»

Quando oiço discursos que acusam os alunos de serem «maus», irrito-me! É injusto, medíocre e pernicioso. É, na maioria dos casos, um manifesto de desconhecimento sobre o que é a pessoa e o seu contexto, sobre o que é um aluno, um processo de aprendizagem. É, normalmente, o fruto da miopia e da incompetência relacional.

Quando, na escola, em todos os níveis de ensino, os professores dizem que não conseguem lidar com a indisciplina, assusto-me! Estamos perante um problema de qualidade do processo de ensino-aprendizagem e de um problema relacional que diminui a paixão por ensinar e APRENDER – este mecanismo excepcional de adaptação à vida e de desenvolvimento pessoal. É um desperdício de recursos e muito sofrimento.

Há bons alunos, há maus, há excepcionais e miseráveis. Como sempre houve. Aliás, a minha experiência mostra que, hoje, os melhores são melhores a pensar e mais versáteis do que nós éramos, porque têm uma excelente educação e o recurso a experiências e a conhecimentos que nós não tínhamos.

Os piores, tal como no tempo em que fui aluno, eram os que sabiam menos e tinham uma atitude menos empreendedora, cobarde e irresponsável, gostavam de manipular e de se desculpar com os males dos outros. Muitos, hoje, são políticos de renome e pessoas bem colocadas!

Em lugares importantes da política encontramos alunos «tótós» a quem dávamos «calduços» nas aulas. Estão protegidos pelo seu currículo, pela mediocridade do compadrio e o conforto do poder. Para além destes, no topo das empresas temos os génios empreendedores, os «compadres» e os que foram «bons alunos», que tiveram boas notas nas escolas, o que nem sempre representa decência ética, inteligência emocional e relacional.

Os «coitadinhos» que escondiam nas boas notas as suas incompetências relacionais – boas pessoas, de um modo geral, bons estudantes e trabalhadores, normalmente incapazes de pensar de modo criativo, mas capazes de cumprir com seriedade e decência as normas e os trabalhos, seres naturalmente muito valiosos para construir sistemas confiáveis e imutáveis – ocupam agora lugares de liderança, não estando preparados para o fazer!

São os líderes incapazes de respeitar, dirigir e motivar pessoas em contextos de mudança. Têm muito para aprender, se o quiserem fazer. Apesar de estimáveis e consistentes, são criadoras de ambiências de trabalho que matam o prazer de descobrir, de inovar, de continuamente buscar a excelência efectiva e a produtividade.

E, depois, queremos ter um pais melhor! Grande sonho!

Os problemas dos alunos somos nós, gerações mais velhas (pais, tutores e professores), que construimos sistemas pouco favoráveis para aqueles que acusamos de incapazes. Alguns dos melhores e mais importantes criadores da história não foram «bons alunos». Não tiveram boas notas. Foram discretos. Fugiram ou foram obrigados a sair das «más escolas» que tinham. Felizmente para nós!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O colapso está aí, sem norte

Desnorteados, já não sabemos observar nem compreender a realidade. Por isso não tomamos as decisões certas! Quais serão? Quais os critérios? 

Quem saberá? Garantidamente, não serão os mesmos que nos trouxeram até aqui, nesta sociedade modernista ou pós modernista, que nos ajudarão a sair desta crise de transformação radical. Velhos hábitos, são, hoje, maus hábitos! Velhas práticas, podem ser suicídios.

Só uma perspectiva radicalmente diferente, encontrada, muito possivelmente por um grupo de putos, jovens e aparentemente insanos, ligados em redes dinâmicas, poderá visionar e efectivar-se como uma solução possível para a crise.

Os jovens actuais nasceram e foram programados para lidar melhor com o caos. Os seus cérebros estão mais preparados para esta fase. (Vejam a este propósito a National Geographic portuguesa de Outubro e leiam o livro de François Ascher: Novos princípios do urbanismo, novos compromissos urbanos e o vídeo – no youtube – We all want to be young).

As perspectivas mais conservadoras não funcionam perante a situação actual. Este momento, este problema, é muito diferente de todos os outros que vivemos no século 20. Não é apenas uma turbulência, é uma portentosa tempestade de energias múltiplas.

O nosso mundo dos sonhos e do progresso chegou ao fim! De um modo inicialmente lento e, agora, num ritmo cada vez mais acelerado e evidente.

A Europa está a agonizar num processo de mudança radical que os poderes instituídos não querem aceitar. O mundo inteiro vai sofrer essa fase de transformação. Tal como, no século 14, todo o mundo mediterrânico sofreu com a crise financeira das cidades mercantilistas de Itália. E, nessa altura, o mundo mudou! Felizmente, para nós!

Com a Internet e estas novas gerações de miúdos com poder, a sociedade (economia e política) mudaram radicalmente. A disseminação maciça das telecomunicações e das ideias, coincidente com a generalização da exigência e o incumprimento das expectativas da democracia e da sociedade moderna, criaram-nos angústias existenciais que estarão ao nível de todos os tempos que antecederam as guerras e as revoluções!

As teorias e os conceitos dos doutos sabedores foram ultrapassados pela dinâmica caótica da informação em tempo real e pela acção acelerada e criativa de múltiplos agentes à escala Glocal (cá e lá, ao mesmo tempo, em diferentes direcções).

Mas a malta não quer acreditar nisto. Não quer ver. Prefere olhar com os seus óculos de lentes envelhecidas para este objecto em movimento acelerado, imaginando-o como mais uma crise de crescimento! Assobiando para o ar, bebendo mais um copo e vendo o jogo de logo à noite da selecção nacional.

Entretanto, os banqueiros e economistas continuam a distrair-se com os cálculos construídos para um objecto que se movimenta a 100 km horários quando deviam estar a fazê-los para 350 biliões de objectos que se movimentam a velocidades tão díspares que, nuns casos, o movimento tem de ser medido em anos luz e, noutros, em micro-segundos.

E os políticos, já não sabem o que fazer!
Neste caminho, estamos feitos!

Estas soluções e estas atitudes de governação e oposição, aprofundam o nosso risco de insucesso e de sofrimento! Agora e para sempre...

Por favor, pensem à moda moderna e ajam, rápido, mas prudentemente com o aconselhamento dos doutos anciãos que muitas vezes não se doutoraram e, por esse motivo, sabem mais do que é preciso actualmente do que os que se especializaram em pensar de acordo com os cânones da ciência da época moderna.

Vamos ver o que acontece até Março. Entretanto, divirtam-se!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Produtividade, efectividade ou mais trabalho?



Temos ouvido falar em trabalhar mais horas para sair de crise!
Burrice, estupidez, mesquinhice, injustiça!

O que é preciso é trabalhar melhor (em termos individuais e colectivos) e com um sentido relevante. É preciso SER EFECTIVO, usar os mecanismos e processos mais adequados para atingir os objectivos que fazem sentido. A isto, chamo efectividade: o processo encontrado para chegar aos resultados que são relevantes.

Não é com pensamentos, hábitos, práticas e medidas erradas que nos tornamos efectivos. Não é por trabalharmos mais que conseguimos os resultados relevantes.

Só é preciso saber para onde se quer ir, aproveitar os recursos que cada pessoa possui para a motivar ou obrigar a fazê-lo melhor. E, para quem não trabalha, preferindo chorar ou dizer mal dos outros, «fazê-los trabalhar»! 

Para isso, é preciso ter uma liderança decente e competente, que não se engana sobre o que deve ser feito.

Bom trabalho!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O espírito do NÓS!

A super equipa torna pouco relevante a incompetência e os erros individuais. Cria cúmplices. Foca-se nos resultados que quer, combina e organiza a acção, cria apoios mútuos, compromete-se em busca de vitórias, transcende-se. Nesta equipa, ninguém é deixado para trás. Porque se sabe disto, de forma sentida, todos estão disponíveis para participar activamente na concretização dos resultados.

Uma super equipa sente orgulho pelo que faz e pelo que alcança em conjunto. Tem uma alma, uma aura, orgulha-se dos seus elementos e dos resultados. Faz milagres. Apesar das derrotas e do inesperado que qualquer expedição encerra, obtém sucesso...porque os seus elementos sentem o espírito do NÓS.

Sinais de liderança

Devido à estrutura orgânica que temos, nós, os humanos, seres estúpidos e facilmente manipuláveis, somos altamente criativos e adaptativos (quando activamos os nossos recursos positivos), mas inseguros (temos medos), quando activamos as emoções negativas. Em tudo o que fazemos ou não fazemos, muitas vezes, emitimos sinais que os outros interpretam à sua maneira, reagindo a partir deles. Muitas vezes, as nossas emoções contagiam. Outras, são as nossas ideias, os nossos pensamentos e as nossas acções. Temos tanto mais poder quanto os outros estabelecem uma relação de respeito e empatia connosco! Muitas vezes, somos líderes, mentores, tutores, treinadores (coachers), etc. sem querer, sem nada fazermos para o ser. E, neste contexto, a informação é o alimento da relação, a sensação de apoio um dos principais alicerces e as expectativas são o cimento que dá sentido e sentimento à coisa! Sem querer, damos sinais de liderança que os outros necessitam para se sentirem seguros! Não somos líderes. Fazem de nós líderes, apesar das nossas inseguranças.

A «alma criativa»

Por vezes, fazemos grandes reestruturações nas nossas vidas e nas empresas sem acautelar a construção de uma nova estrutura identitária, de uma nova alma, de uma renovada força energética e criativa. Uns meses mais tarde, temos de fazer nova reestruturação! Matámos a «antiga alma criativa» sem reconstruir uma nova com a mesma dimensão e relevância. E, assim, iniciamos um processo de descaracterização, desvalorização e quebra de orgulho no qual nos mantemos muito tempo, respondendo aos desafios do imediato, sem perceber onde se pretende chegar. Perdemos o Norte, perdemos confiança, cá vamos andando, até que a coragem se esgote, vencida pelo cansaço das tarefas e das rotinas e pela exaustão de não perceber o sentido da acção!

Até que, por mero acaso, passamos a ter sorte no que fazemos ou encontramos um sentido para a acção, inspirados por alguém ou por factos vindos do exterior!

O mais interessante é que a recriação de uma «alma criativa» faz-se melhor em equipa, que muitas vezes destruímos com a reestruturação! As grandes equipas têm uma «alma criativa» que suporta os desafios do dia-a-dia. Têm maior facilidade em ser competitivas e adaptativas! Por isso, uma reestruturação exige uma reconstrução (individual e colectiva) que se faz melhor com apoio, no seio de uma equipa ou de uma família. Mas a reestruturação, por vezes, deixou-nos sós!

Então, há que recomeçar uma nova acção, desta vez, com sentido, para recuperar a «alma criativa».

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Vamos tentar

Face a uma enorme carência financeira que deve perdurar até meados de 2013, diminuindo depois, gradual e lentamente, ao longo de duas décadas, os projectos que necessitam de alavancagem financeira estão muito condicionados e terão de ser repensados os seus modelos e mecanismos de alimentação.

Naturalmente, serão criadas alternativas formais, informais e cooperativas para conseguir acesso a este recurso. Serão abertas portas à colaboração transcontinental enquanto o sistema se reequilibra. Este processo estará finalizado quando o globo for governado por um sistema e numa economia GLOBAL que diminua as assimetrias, aumentando as complemetaridade, sem as eliminar.

Neste contexto, torna-se essencial investir em projectos micro e integrados/interligados em que a necessidade de financiamento não seja muito elevada e em que a alavancagem da actividade, do emprego e da vida com dignidade se possa dar com base noutros recursos (imateriais ou patrimoniais), gerando actividades ainda pouco conhecidas. Felizmente, temos Internet, um recurso de relacionamento e produção de informação e de conhecimento.

Será essencial ter também uma forte capacidade negocial e de adaptação (individual e colectiva), aproveitando as inteligências múltiplas (relacionais, cognitivas, espirituais, emocionais, sensoriais e ultra) para encarar este presente e o futuro próximo, com maior sensação de bem-estar.

Neste contexto, reduzir custos e desperdícios, aumentar sinergias, reforçar a alma e o espírito de equipa e recriar, colaborativamente, novos objectivos e processos de trabalho parecem ser elementos essenciais e acessíveis para a mudança e para o sucesso.

Assim, como alavanca, surgem áreas bastante pertinentes para o desenvolvimento dos negócios como a comunicação, as relações, a criatividade e a liderança. Surge a Equipa!

Serão precisas melhores pessoas e melhores equipas: maior paixão, concentração e força. É preciso um esforço de mudança acrescido, mais energia e sensibilidade. Não será necesário, obrigatoriamente, maior sofrimento.

Hoje, ainda será importante chegar depressa? Na escala global, em princípio sim! No nosso micro cosmos nacional, tenho dúvidas! Mas será essencial chegar no momento certo ao objectivo certo, com os recursos certos, saber perder, ser capaz de deixar cair sonhos (e recriar outros), saber aceitar a mudança de paradigma de trabalho e de sucesso (deixando cair os nossos hábitos recentes), aceitar que o que fazíamos deixa de ser possível e que podemos e devemos retomar hábitos antigos de vida, mais calmos, mais harmoniosos e com menor custo, mas forte investimento não financeiro.

É preciso lidar bem, do ponto de vista emocional, com a mudança, perder o antigo norte e recriar um novo caminho de orientação, em direcção a novos objectivos. É preciso estar preparado para reinventar, experimentar, falhar e recomeçar de novo, com mais energia e experiência.

Retrair para concentrar esforços e crescer parece ser uma das estratégias possíveis de desenvolvimento e sustentabilidade dos negócios, mas esta implica uma grande capacidade de gerir e dissipar emoções negativas.

Vamos tentar!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Mais um engano!

Educação não é o mesmo que instrução ou formação.

A Escola (desde a básica à superiora) não serve apenas para instruir. É, acima de tudo, uma estrutura de «civilização dos cidadãos». Ou seja, é um espaço de EDUCAÇÃO, de desenvolvimento de atitudes e de competências.

Muitas vozes se levantam em Portugal contra a «má educação da geração rasca» e da outra, «à rasca». Deixem-me dizer-vos, como professor do ensino superior, que tenho alunos muito melhores hoje do que aqueles que existiam quando fiz a licenciatura. Mas, também tenho alunos muito fracos que, há 20 anos, não chegavam ao nível de instrução superior, uma vez que a sua atitude e o seu saber não o permitiam. Não é bom, nem mau. É assim!
Muitos se queixam da atitude e das incompetências da «geração à rasca». Não se esqueçam da «geração rasca». No fundo, choram a sua baixa instrução em matemática e na língua portuguesa. Afinal, reconhecem a má instrução que demos a alguns alunos de todas as gerações.
Contudo, a atitude dos alunos (um dia trabalhadores) não decorre dos conteúdos abordados, é o fruto das práticas, das vivências e dos hábitos que se adquirem nos contextos em que se vive (casa, escola e vizinhos)! E, aí, continuamos a falhar, até com elevadas e excessivas doses de conservadorismo e academismo.

Não soubemos nem quisemos concretizar a reforma de Roberto Carneiro em tempo útil. Ela exigia envolvimento de todos, mais competência dos professores, capacidade de mudança e responsabilidade!
Hoje, aí estão os resultados (que, em muitos casos, não são nada maus, apesar dos discursos dos críticos menos atentos!), mas ficam aquém do que a civilidade e a competição exigem.
Naquela altura (1990-1995), a Catalunha seguiu a mesma filosofia que nós. Mas a Catalunha não abandonou a reforma. Nós, sim! 
Eles investiram em EDUCAR. Os Catalães envolveram-se, as autarquias e os cidadãos assumiram também parte de uma exigência cultural de desenvolvimento. Eles cultivaram o saber ser, o saber estar e o saber fazer, a par do instruir, organizando as escolas e os momentos de trabalho colectivo e cooperativo, com os mesmos custos económicos que nós!
Hoje, aquela é considerada uma das províncias mais desenvolvidas e competitivas da Europa devido à elevada qualificação dos seus novos trabalhadores que, integraram, muito bem, os processos empreendedores e criativos daquela nação. Têm a atitude e as competências que se espera deles. No entanto, se falarem com os empregadores, eles referem exactamente as mesmas falhas de instrução! É de rir! se calhar, não é um problema pedagógico!

O problema não é pedagógico! 

Por isso, valerá a pena substituir a Área de Projecto (que pode dar ferramentas mínimas de concretização, responsabilização, autonomia, etc.) por mais horas do mesmo em Matemática e Português? Será motivador para os alunos? Melhorará a qualidade do trabalho e dos resultados? Será difícil perceber que a grande maioria das pessoas aprende aquilo de que sente necessidade e não se esforça por atingir o que não lhes faz sentido? Será difícil de perceber que o problema também está fora da escola, quando os pais não se envolvem na valorização efectiva daquela vivência? 
Quando se perceberá que os temas da GESTÃO da comunicação, das relações, das aprendizagens, das emoções, das novas tecnologias, da saúde, do empreendedorismo e da ética (filosofia colocada ao serviço da prática) são muito mais estruturantes e fundamentais para a vida do que mais umas horas de Português e de Matemática?

Para quê estas mudanças? 
Em que medida promovem o rigor e a qualidade nas áreas agora mais trabalhadas?
Quanto valor reduzem ao processo de ensino/aprendizagem?
Quanto contribuem para uma melhor educação?
Veremos, e pagaremos daqui a algum tempo, os prejuízos desta alteração programática. Estaremos na mesma ou pior! Mas, mais velhos e mais distantes do «pelotão da frente».


Nota: O autor reconhece o raciocínio abstracto (não só matemático) como indispensável ao desenvolvimento cognitivo e a relevância do domínio da língua, como “ferramenta” primeira, para a compreensão do mundo e das outras disciplinas, bem como para a sua expressão. Mas não os sobrevaloriza, desvalorizando, ao mesmo tempo, outros elementos estruturais da aprendizagem e da sua aplicação (competências). 

Os melhores do mundo

É indiscutível. Somos um dos melhores países do mundo do futebol. O melhor berço actual de treinadores da modalidade.
Mérito de pessoas como José Maria Pedroto, Carlos Queirós, Nelo Vingada, Mário Wilson, José Augusto, José Torres, e muitos mais que já, estupidamente, deixamos esquecer. E, neste contexto, relembro o valor de todos os que conceberam e construíram uma Faculdade de Motricidade Humana.
Temos desenvolvido um brilhante mercado de transacções de jogadores com a América Latina e África. Podemos, tal como dizia o gozadíssimo, mas cheio de razão, Paulo Futre, alcançar relações extraordinárias com a Ásia nesta matéria.
Temos escolas universitárias de desporto do mais alto nível mundial. O desporto assume-se como uma das mais importantes fontes de economia e, de forma evidente, o motor dos principais eventos mundiais.
Começamos a ser também relevantes em muitas outras modalidades (individuais e colectivas), podendo gerar profissionais em seu redor.
Porque razão não aproveitamos todas estas oportunidades, para, junto dos estádios municipais do interior do país e daquelas aberrantes construções do Euro 2004, desenvolver escolas de jogadores e de treinadores que poderão gerar emprego, prestígio e ligações internacionais que potencializam outros negócios para Portugal?