quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Obrigado «velhote»

O Eusébio faz, hoje, 70 anos. De imenso respeito!

Muitas vezes, pedia ao meu pai para ir à bola. Para ver o Eusébio! Lembro-me dele em campo, como do Seninho, do Simões, do Jordão, do Zé Henriques, do Toni e do Humberto. Não me lembro de ver o Coluna, outro grande homem que também merece imenso respeito pela coragem, lealdade e determinação que espalhou pelos campos.

Mas, o Eusébio é especial. Magnífico com a bola. Humilde, apaixonado, ingénuo, lutador, vencedor! Esplendoroso como vizinho! Várias vezes o vi no Fonte Nova, sorridente, calmo, conversando no café, sempre disponível para qualquer pessoa que lhe pedia um autógrafo. Uma paz d'alma especial, em corpo de gente. A bondade em pessoa!

É um exemplo.

Quando sofria uma falta, por vezes dura, levantava-se, a coxear, esfregava o local da agressão e continuava para marcar mais um golo. Quando não havia nada de jeito e a equipa jogava mal, lá estava a Pantera! Mais um golo para o abono de família dos colegas!

Também o vi, várias vezes, a fazer um gesto de apoio ou a pedir desculpa ao guarda-redes que acabara de humilhar. Para ele, o jogo era VIDA. Mas aquela pequena luta, cheia de alegria, começava e acabava ali. Dentro dela, não havia espaço para a maldade. 

Hoje, a mesma alma, o mesmo caráter, estão lá!

Felizmente, está vivo. Já tem uma estátua. É a estátua da bondade ingénua daqueles «pretos» que conheci na terra em que nasci! É uma maneira de ser. Uma alma grande e velha, cheia de sabedoria daquilo que, de facto, é a vida.

PARABÉNS GRANDE HOMEM!

Obrigado «velhote» por tudo o que nos dás!

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