domingo, 22 de janeiro de 2012

O que é básico?

Para mim, espero não estar só, o mais importante na vida é aprender a ser decente, eficiente e eficaz, contribuindo para ter uma melhor vida, numa perspetiva de bem comum, de ganhos múltiplos e mútuos.

Por isso, defendo que, na escola, em casa e na comunidade, é essencial criar condições para APRENDER e DESENVOLVER um conjunto de competências e «saberes» como:

Saber sentir, pensar, comunicar, aprender e decidir.
Saber relacionar-se, criar ligações positivas e trocar.
Saber explorar e conhecer o meio em que se está.
Saber adaptar-se, mudar-se, aproveitar e criar oportunidades.
Saber filosofar, criar sentidos para a vida, e todas as suas partes.
Saber pensar, de espírito aberto, com instinto, intelecto, ciência.
Saber ler e escrever, de preferência em várias línguas e linguagens.
Saber calcular, fazer contas, projetar e prever.
Saber analisar-se, identificar-se, desenvolver-se.
Saber cuidar de si, do corpo, da mente e das suas relações.
Saber cuidar dos outros e da terra em que se vive.
Saber utilizar as tecnologias disponíveis.
Saber cultivar tudo, até alimentos e animais.
Saber planear, construir e gerir a vida.
Saber empreender e gerir riscos e projetos.

Buscando, na História, nas experiências dos vários presentes e na ficção, a SABEDORIA, a síntese de todas as experiências que nos fazem estar no calmo e relaxante Paraíso desta vida, abrindo os horizontes do conhecimento.

A Sabedoria alimenta as «boas» decisões. Aquelas que nos dão prazer ou conforto, que maximizam os benefícios no curto, no médio e no longo prazo! Evita os equívocos do «orgasmo efémero do presente», com impactos negativos – para nós e para os outros – no médio e longo prazo.

Na Dinamarca, onde se aprende o básico - nas escolas, em casa e na comunidade - criou-se a flexisegurança, vive-se mais feliz!

Em contrapartida, nos países que acreditam que o básico é o ENSINO da matemática (fazer contas), da língua mãe (saber ler e escrever), da história (a saudade dos tempos de ouro) e da geografia estática, temos sociopatas e psicopatas em muitos lugares de decisão. Sem controlo!

Eles não aprenderam o básico. Quem os escolhe, deseja-os! Não os controla. Porque quem lhes paga altos salários e prémios tem uma formação filosófica, ética e moral muito deficiente. Porque a nossa escola não ensinou nem promoveu essas aprendizagens. Os pais também não. Apenas alguns o conseguiram!

Hoje, nos lugares de poder, temos muitos doentes «pensamentais». Foram crianças há mais de 40 anos, quando o básico era o ensino de tudo o que permitia ter emprego e poder naquela cultura fechada.

Muitas vezes, são eles que atingem os seus objetivos, não porque sejam inteligentes ou melhores, apenas porque simplificam a ação – esquecem o restante - concentram esforços e energias na concretização, sem olhar para os efeitos colaterais das suas decisões. Chamam-lhes bons gestores. São tipos de sucesso. Apresentam lucros notáveis.

Para mim, são pessoas competentes e competitivas, destituídas de «boa educação». Apesar de terem tido ensino básico. Foram, muito mal-educados. Os resultados estão à vista. Eu, chamo-lhes irresponsáveis. Outros, chamam-lhes heróis. É a vida. 

Felizmente, ambos podemos existir e dizer o que pensamos. Já houve tempos em que assim não foi!

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