A cultura dos privilégios está na origem dos «Privilegiados» (que encabeçam as manifestações do povo contra o terrorismo) e da queda, a seu tempo, dos seus sistemas de governação.
Na Europa, tem-se generalizado o discurso da «Acreditação» e da «Certificação» como modos de gerar confiança e competitividade. Todavia, no outro lado da moeda, estas coisas, bem como as patentes, pretendem, acima de tudo, criar privilégios (económicos e de poder) de uns em relação aos outros, contrariando, assim, o sentido da igualdade de oportunidades! Negando os fundamentos Jean Monnet para a criação de uma União Europeia.
Os políticos que conheci na juventude (Pedro e TóZé, incluídos) demonstraram-me bem que a sua principal motivação para a carreira política era a de acederem aos privilégios do poder. Ficou evidente que a busca de qualificação, acreditação e certificação profissional não eram o seu investimento central. Por isso, demoraram vários anos a concluir os seus cursos superiores!
São certificados, pela vida, em competência de comunicação e jogo social. Que eu saiba, não possuem nenhuma acreditação de competência governativa. Mas, são hábeis na «manipulação da verdade»! Apoiam a «Acreditação» e «Certificação, disfarçando-as com discursos de «Qualidade e Exigência».
Mas, quando um indivíduo pretende começar um pequeno negócio ou uma associação ... tem de passar a ser «certificado» ou «acreditado» (controlado) por uma enormidade de regulamentações! Ou assume ser «informal» e «ilegal» ... mesmo que seja competente! Quando um indivíduo é muito bom na sua prática profissional, sendo alguém que deverá transmitir o seu conhecimento aos outros (para bem da comunidade), tem de ser Doutor ou Formador!
E nós, armados em estúpidos, aceitamos isto! Até aplaudimos! Muitos de nós, acham que este é um bom modelo de desenvolvimento!
Este até poderá ser um bom modelo de crescimento económico, mas, garantidamente, é injusto e bloqueador dos processos de empreendedorismo (social ou com fins lucrativos), não gerando, naturalmente, o desenvolvimento humano que desejamos.
Depois, admira-mo-nos de criar pouco emprego, por ter uma inflação negativa (termo simpático, para não admitir que o «pesadelo dos economistas», a deflação, aí está), fruto da austeridade e da cultura dos «Privilégios» disfarçados de «acreditação», «certificação» e de «patentes» que a Europa cria!
Pensem nisto!
TUDO DE BOM
Este é um espaço de expressão de ideias, de contributos para, juntos, construirmos um mundo melhor! ._._. (...) «Não mudes os outros. Não forces. Ajuda-os a mudar. Desafia-os e apoia-os. O que faço de mais importante, não me ensinaram, aprendi.» (...), in «Tudo para ser feliz», Lx.31.12.2011._._. Sempre que errar, por favor, alerta-me!
domingo, 18 de janeiro de 2015
sábado, 10 de janeiro de 2015
ALERTA DE REFLEXÃO
Quase todos os grupos terroristas do século 20 tinham incidência territorial limitada. Venceram ou obrigaram os governos a negociar condições favoráveis para si! Colocaram a sua causa na ordem do dia. Só perderam quando o povo se revoltou contra eles.
Agora, assistimos a um novo tipo de terrorismo, que não age num território delimitado, tem um apoio mais abrangente, de vários grupos económicos, governos e comunidades!
... Percebem agora a gravidade do que aconteceu em França, em Londres, em Madrid?
Mas, a resposta a esta realidade nunca passará pela segurança armada! Essa, apenas prolonga e aumenta o tempo e o nível de sofrimento. Lembrem-se da história da libertação dos povos africanos em relação à colonização europeia.
A vitória, de todos, passará pelo diálogo e a criação de paralelismo global, integrado, sustentável, e isto começa na EDUCAÇÃO INCLUSIVA. Percebem agora o papel estrutural das escolas e da mudança que temos de fazer? Se querem viver em Paz, por favor, disseminem esta ideia. TUDO DE BOM
domingo, 4 de janeiro de 2015
Silêncio e desassossego
Cheguei à sala da minha casa. As minhas filhas estavam
sentadas, no sofá, a ver o CSI. Mais uma daquelas séries profundas, cheias de
referências sobre o sentido da vida, que a televisão passa, a toda a hora, em
quase todos os canais!
Fiquei parado! Por momentos, desassossegado!
Que educação
estou a cumprir? É este o sentido da vida? O que fiz até hoje para que elas ganhem a dimensão espiritual que as irá preparar para aceitar as derrotas, lidar com as perdas, comemorar as vitórias em comunhão com os outros? Estou a contribuir para o seu sofrimento emocional futuro, construído nos apegos e ilusões que se transformam em desencantos?
Se é assim que se educa em casa, numa família de «alguém informado», se é assim que se educa numa escola que relegou para a filosofia – e exclusivamente para aí – a racionalização do sentido da vida, como poderemos nós ambicionar uma vida e uma sociedade em Paz?
Deixamo-nos comprimir entre as «obrigações sociais», as «distracções
mundanas» e os «consumos impelidos», numa vida que se esgota nos momentos de ócio e de
trabalho.
A Paz de espírito não se alcança assim!
É conveniente que paremos, em silencio, como propõe o Pedro
Elias, para sentir e escutar a sabedoria que está em nós!
TUDO DE BOM
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