quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A PRAGA da má-educação

Publico aqui mais um texto de Raul Marques, que julgo ilustrar o que escrevi em «Maldita EDUCAÇÃO». Obrigado Raul. TUDO DE BOM! 

Admito a relação entre a Escola e a Má-educação, esta PRAGA socialmente transversal que se encontra um pouco por todo o lado e por todos os sectores de actividade e formações. Escola ‘bera’, essa que o permitiu e ainda permite, muitas vezes acolitada por uma família ainda pior!

Encontra-se no hospital público quando o médico, com interesses no privado, ao ser solicitado por um colega para o auxiliar no tratamento de um doente lhe pergunta, entre dentes, ‘quanto toca’?

Encontra-se na escola quando o professor(a) que não sabe ou não quer dialogar com o aluno(a) opta pelo mais fácil, ‘mandar sair da sala de aula’, a que é suposto ser de todos!

Encontra-se nos media em que alguns jornalistas (poucos entre nós), ao abrigo do ‘seu’ direito à informação (não do ‘nosso’), utilizam os esquemas mais marginais para devassarem a vida dos outros, tipo abutres à espera da vítima!

Encontra-se na família onde o filho(a) deixa um dos pais ‘preso’ numa arrecadação, para não lhe dar trabalho, depois de lhe ter furtado a parca reforma.

Encontra-se no marido que sem saber partir para uma nova vida nem dialogar, bate ‘corajosamente’ na mulher, quando provavelmente o não conseguiria fazer de homem para homem, um cobarde arvorado em herói.

Encontra-se no adolescente que se julga marginal e actua como tal, mas que efectivamente não passa disso mesmo, de alguém que por alguma razão ficou à ‘margem de’, muitas vezes da família e depois da lei.

Encontra-se no colega de trabalho que para chegar ao topo não olha a meios, utilizando muitas vezes o conhecimento dos outros, o colega sanguessuga!

Encontra-se no Parlamento de todos, quando há deputados que para lá vão e fingem que representam quem os elegeu, o ‘povo’, apenas para estarem na ribalta, muitas vezes só lá, outras para recolherem dividendos no longo prazo.

Encontra-se no uso múltiplo de múltiplos estratagemas, mais ou menos tenebrosos, alimentados por sem escrúpulos, vendilhões de tudo, até deles próprios, porque a ‘má educação’ também configura a corrupção.

Parafraseando o padre João Amós Coménio (século XVII) “é penoso e difícil, e considerado quase impossível, curar as doenças inveteradas”, MAS TENTEMOS!

Raul Marques, 03 Jan, 2012

Nenhum comentário:

Postar um comentário