sábado, 12 de março de 2016

Uma prisão multiplicadora de escravos!

A escola não se esgota nos processos de ensino entre as 4 paredes ... dos edifícios murados ... em que institucionalizamos (prendemos) miúdos para os afastar da vida ocupada (doentia) de um conjunto de escravos que são peças de uma imensa máquina mundial de enriquecimento de 1% da população!
A Escola é o pilar estruturante de uma sociedade que se deseja saudável e capaz de construir o seu progresso sustentável. É o berço de uma cidadania plena, fundada numa consciência aberta, reflexiva e universal. A nossa Escola é a nossa Aldeia, em que uma comunidade inteira nos ajuda a desenvolver todo o potencial individual para a nossa felicidade e para o bem comum.
Pelo menos, assim deveria ser. Mas ... a culpa é dos currículos e dos professores!
Somos TODOS (i)responsáveis por esta enorme insanidade! Enquanto comunidade, somos tão estúpidos, tão incapazes de discernir com sentido, e de «agir em conformidade» com inteligência e lucidez! É uma pena! Perdemo-nos tanto ... e arrastamos os nossos miúdos nesta imensa estupidez!
wink emoticoEnquanto comunidade, somos tão estúpidos, tão incapazes de discernir com sentido, e de «agir em conformidade» com inteligência e lucidez! É uma pena! Perdemo-nos tanto ... e arrastamos os nossos miúdos nesta imensa estupidez!]

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

A Escola que queremos

Numa época em que se abre o multiverso com novas tecnologias e relações, precisamos de aprender a abrir horizontes com um elevado sentido crítico, em interacção constante.

Todavia, a escola conservadora que temos fecha horizontes, aprisiona-nos em ideias e gaiolas de conhecimento, treina-nos para obedecer. 

Por isso, falha! Por isso, nas aulas, libertamos o nosso sofrimento, a nossa irreverência e raiva ou fugimos e, … por isso, se chumba tanto! Os mais pobres, chumbam. Os outros conformam-se e passam!

Nós, alunos/aprendentes/professores abertos ao mundo, com a Internet nos dedos, como seres humanos com múltiplas inteligências e sensibilidades, rejeitamos tais limites.

A Escola conservadora que temos está morta, na sua razão de ser: EDUCARE! Trazer de dentro, o talento, em conformidade com a envolvente … para todos.
Mas a Escola é, e será, o Pilar Estruturante do Desenvolvimento.

Por isso, é urgente repensar e transformar a escola. Libertá-la das amarras do conhecimento baseado nos currículos fechados, para a entregar às asas do pensamento … crítico e reflexivo, libertador! Para a entregar ao genuíno ato de ajudar a aprender a aprender, permitindo, assim, construir e libertar todo o talento que cada um pode ter. 

Assim, todos, seremos mais felizes … e ricos.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Tudo é pouco

Tudo o que «eu souber» é pouco ... se não o quiser partilhar, com sabedoria e sensatez! Muitas vezes, em jeito de razão, de emoção ou provocação.
Os testemunhos e os saberes que «se escondem» dentro de cada um de nós ganham valor quando enriquecem os outros.
Uma pessoa vale pelo bem que faz e pelos males que evita. Vale também por tudo aquilo que partilha, numa base de Bem-Comum.
Há sempre um momento certo ... para dizer uma palavra, ou praticar um ato! 
Há sempre uma medida certa na relação com tudo o que nos envolve. 
E nem sempre é fácil acertar ... no tempo, na palavra e no ato!
Mas vale a pena tentar.
TUDO DE BOM.

Estamos plenos

É tão bom sentir-mo-nos protegidos e amados, aconchegados em nós, nos nossos pensamentos e afetos. Nesse estado, somos livres e felizes para caminhar, aprender e rir. Podemos estar sós. Mas não estamos desligados. Estamos plenos. E os outros pressentem esse estado de Paz.
Todos vivemos (e aprendemos) melhor em ambientes de aconchego e amor, quando caminhamos abraçados ou de mão dada com uma alma cúmplice.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Partilha da treta


No 11º encontro do Fórum Cidadania & Território, ontem, tornou-se claro, para mim, que por muito que queiramos, não conseguiremos promover a participação enquanto não trabalharmos a dimensão interna de cada indivíduo. Enquanto não eliminarmos os bloqueios emocionais e sociais à participação, enquanto não desencadearmos a vontade e a crença interna (em cada pessoa) de que vale a pena participar.
A VONTADE de participação pode ser bloqueada ou reforçada pelas estruturas e formas que criamos. Mas só se transforma em participação efectiva quando vem de dentro, como uma força que nos impele à acção, ultrapassando hábitos e (des)confortos enraizados.
A predisposição para a participação resulta de um processo de aprendizagem pessoal – contínuo – de escolhas mais ou menos reflectidas, que decorrem da experimentação e da prática. Se não houver hábitos, vontade de participar e de assumir a responsabilidade de o fazer, não há espaço para a prática de uma efectiva democracia participada.
Aparentemente, não participar, não se expor, não se afirmar, não expressar, não exigir, … na nossa sociedade, que educa para a passividade e pela negatividade, é a atitude confortável para viver melhor.
Mas é um puro engano! Não participar, é, ao mesmo tempo, prescindir de uma parte de si próprio, de morrer, estando vivo, de sofrer em silêncio, de sublimar o mais profundo eu!
Mas não participar … é normal, é confortável, … porque educamos para isto. Porque nas nossas escolas, educamos para o individualismo e a não participação.
Desde pequenos, exceto em honrosas exceções, temos escolas, salas de aulas, professores, processos desenhados para cultivar o Eu, a independência individualista (contra a interdependência responsável), o pensamento único e limitativo, o exercício do poder discricionário, a passividade, a obrigação e a desresponsabilização, no fundo, tudo aquilo que leva à desmotivação para o indivíduo se afirmar e participar.
Felizmente, em casa, a coisa já é diferente!
Convém recordar que educar é direccionar a vontade, as competências e as práticas de acordo com um conjunto de valores!
Não se aprende/educa pelo que se fala. Antes, educa-se pelo que se vive/experimenta.
Cresce-se pela experimentação prática das ideias e dos valores. Copia-se o exemplo que tem sentido, que funciona, em cada pessoa, em cada vida, em cada processo. Recria-se em cada momento, a crença de agir ou deixar passar, de intervir ou deixar andar. De participar ou desistir, a partir do que se conhece/experimenta.
Falar de participação é relevante. Mas participar e experimentar é que faz a diferença.
Julguem o que quiserem! Eu vou andando por aqui, com um sorriso de turista descontraído ou de Papalagui, que passeia por uma terra de gente que se julga inteligente e que acredita que a escola que temos serve para alimentar o progresso wink emoticon
Eu tenho a certeza que não, mas que se lixe, só cá estou para passear e aprender com o leve sentido de imaginar ser.
TUDO DE BOM

Bom dia

Bom dia,
Com os desafios da sustentabilidade e as incríveis evoluções técnicas do final do século 20, tudo está a mudar! Com uma intensidade crescente. Mas as principais mudanças são sociais+políticas+económicas. São, acima de tudo, RELACIONAIS.
As tecnologias digitais mudaram tudo, exceto as convicções e as concepções dos velhos paradigmas!
Nesta nova Sociedade que se estrutura, as Comunidades (redes estruturadas e flexíveis com um elevado sentido de identidade) jogam um papel decisivo na MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS para o desenvolvimento. E neste sistema, não há variáveis independentes nem padrões. Tudo está interdependente, vive na crescente incerteza dos poderes distribuídos.
Mas há variáveis determinantes: a COMUNICAÇÃO (que tem sempre informação), a CULTURA (que resulta dos processos de aprendizagem e educação) e a ATITUDE.
Neste contexto, os conhecimento das determinantes da Saúde, da Arquitetura, da Intervenção Comunitária e da Gestão das Organizações são áreas do saber muito relevantes.
As ciências (designadamente, as exactas) serão apenas instrumentais, como sempre deviam ter sido! Os modelos não são a realidade. As ferramentas não são a vida. A ciência não é saber. É apenas uma parte (relevante) de tudo o que precisamos de organizar para criar um mundo melhor.
TUDO DE BOM

Feliz por desistir

Vencido, rendido ... e feliz por desistir em vez de resistir, na imensa tranquilidade do Ser/estando!

O discurso dos media, dos políticos e do povo, que refletem as linhas de pensamento dominantes na sociedade atual, revelam a incapacidade de Portugal para se integrar de forma adequada nos processos de interação e desenvolvimento à escala global!

Portanto, em vez de se ambicionar uma estratégia de desenvolvimento, poderemos assumir uma estratégia, e uma ação, de «cuidados paliativos das comunidades e do território» enquanto não tivermos a coragem de regenerar os processos educativos ... que também passam por regenerar a escola, mas não se esgotam aí!

Como a REGENERAÇÃO EDUCATIVA é uma enorme ambição, inalcançável em poucos anos, e me sinto um «estranho numa terra estranha», um visionário, irreverente e desconcertante (palavras que ouvi nos últimos 3 dias, para me caracterizarem em diferentes contextos) ... e como não me creio génio nem masoquista, mas, antes, um cidadão mediano, apaixonado pelas PESSOAS e a educação, atento ao que me rodeia ... creio que estarei muito perto do momento do salto quântico para outras ações mais libertadoras e menos grandiosas, mais humanas.

Finalmente, assumo o conforto do papel de turista, distraído e feliz, numa caminhada de aprendizagem esvaziada de sentidos mas cheia de significados inconscientes.

Chega! Jogo a toalha ao tapete. Não pelejo nem esgravato mais. Sim. Faço-o mesmo, num processo de derrota vitoriosa. E fico bem, assim, confortável e «feliz» no meio da multidão, enquanto ela se transforma sem perceber. 


A vida pode ser estupidificantemente gira, no simples, singelo e imenso ato de respirar, amar, sorrir e estar, gozando apenas o prazer de viver na consciência de Ser.

«Nossos problemas seriam menores
Se todos nós fossemos maiores»
in, Portugal, de Isabel Alves de Sousa, 2014

Obrigado a todos pelos caminhos que traçámos e traçaremos em conjunto, TUDO DE BOM