quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Feliz por desistir

Vencido, rendido ... e feliz por desistir em vez de resistir, na imensa tranquilidade do Ser/estando!

O discurso dos media, dos políticos e do povo, que refletem as linhas de pensamento dominantes na sociedade atual, revelam a incapacidade de Portugal para se integrar de forma adequada nos processos de interação e desenvolvimento à escala global!

Portanto, em vez de se ambicionar uma estratégia de desenvolvimento, poderemos assumir uma estratégia, e uma ação, de «cuidados paliativos das comunidades e do território» enquanto não tivermos a coragem de regenerar os processos educativos ... que também passam por regenerar a escola, mas não se esgotam aí!

Como a REGENERAÇÃO EDUCATIVA é uma enorme ambição, inalcançável em poucos anos, e me sinto um «estranho numa terra estranha», um visionário, irreverente e desconcertante (palavras que ouvi nos últimos 3 dias, para me caracterizarem em diferentes contextos) ... e como não me creio génio nem masoquista, mas, antes, um cidadão mediano, apaixonado pelas PESSOAS e a educação, atento ao que me rodeia ... creio que estarei muito perto do momento do salto quântico para outras ações mais libertadoras e menos grandiosas, mais humanas.

Finalmente, assumo o conforto do papel de turista, distraído e feliz, numa caminhada de aprendizagem esvaziada de sentidos mas cheia de significados inconscientes.

Chega! Jogo a toalha ao tapete. Não pelejo nem esgravato mais. Sim. Faço-o mesmo, num processo de derrota vitoriosa. E fico bem, assim, confortável e «feliz» no meio da multidão, enquanto ela se transforma sem perceber. 


A vida pode ser estupidificantemente gira, no simples, singelo e imenso ato de respirar, amar, sorrir e estar, gozando apenas o prazer de viver na consciência de Ser.

«Nossos problemas seriam menores
Se todos nós fossemos maiores»
in, Portugal, de Isabel Alves de Sousa, 2014

Obrigado a todos pelos caminhos que traçámos e traçaremos em conjunto, TUDO DE BOM

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