Oiço «Os índios da meia-praia» e vejo o Herman na TV. Passo para a CNBC, acedo ao youtube, caço o «Smoke on the water» dos Deep Purple. No Mac ao meu lado, o Zeca continua a tocar. Noutro portátil, ponho os headphones e assisto a magníficos solos de Heavy. Termino a escrever ao som do piano da M. João Pires.
Na música, e não só, somos ecléticos. Esta sociedade assim o exige!
Votamos neste, amanhã naquele. E, depois, votamos branco. Somos livres. Estamos fartos. Sabemos que, brevemente, os comunistas irão defender a liberdade criativa de Shumpeter e os liberais pedirão a ditadura de Salazar! São oportunismos confusos. Ideias ultrapassadas pela jovem sociedade que cresce.
Também se acaba a paciência para as «notícias» compradas, para os comentadores de televisão – os tais que são pagos para influenciar. Para as mentiras fáceis de detetar. Ouvimos músicas com todas as cores.
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