Um sítio pode ser um lugar! Depende da «gente», de quem o vive, como o sente... e vê!
Um sítio é uma coordenada geográfica (com altitude, latitude e longitude). Um lugar é um poema, uma emoção, uma história. Tem valor, significado, é um espaço para guardar.
Em Geografia, hoje, estudamos os factos, os sítios. Planeamos melhor. Outrora, com Orlando Ribeiro, estudávamos as gentes e os lugares!
Hoje, apesar dos inúmeros dados e tecnologias que processamos por minuto em todas as partes do mundo. Empobrecemos o saber. Perdemos o «porquê» e, por vezes, o «para quê»!
Felizmente, outros, artistas e arquitetos que tenho o prazer de conhecer, sabem beber a alma do lugar! Porque, para além de pensar, de saber, de planear e de agir, sabem sentir!
Andamos nós preocupados com as mil e uma coisas que nos afligem e criam ansiedade, pensando poder mudar o mundo (eu ainda sou desses loucos que acredita que pode contribuir um um minúsculo grão de semente) que acabamos por esquecer o essencial («o essencial é invisível aos olhos»)e passar ao lado da vida. O Facebook - apesar de todas as desvantagens, que são muitas - tem a grande vantagem de nos fazer descobrir a novidade do Outro. De repente encontramos alguém,que por acaso até conhecemos de outras lides,que nos oferece uma escrita límpida, não pretensiosa, honesta, escorreita, simultaneamente simples e profunda. Enfim, qualquer coisa que nos faz muito bem à alma (seja o que isso for). Pelo menos a mim. Escrita de alguém que atribui significado e sentido às coisas simples da vida, porque é sábio o suficiente para perceber que é precisamente aí que se esconde o essencial da vida. Obrigado, Álvaro, por tão deliciosa prenda. Embora incógnito e silencioso, podes acreditar que serei um dos teus seguidores/leitores. Um grande abraço de Bem-haja. José Centeio.
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