Muitos dos melhores alunos dos
últimos anos em arquitetura já emigraram. Há alguns anos. Andam
por aí, por esse mundo fora. Têm trabalho, ganham experiência,
encontraram no estrangeiro as oportunidades que o país não soube
criar na sua geração. Estão no Dubai, em Barcelona, em Copenhaga,
no Brasil, na China...
Arriscaram,
investiram, quiseram dar o salto para, um dia mais tarde, mais
sabidos e experimentados, com redes internacionais criadas,
trabalharem em todo o lado com estas novas tecnologias. Deram corpo
ao sonho de fazer vida na sua paixão, fora de um país pequeno
para a sua ambição e qualidade, deram asas à criatividade.
Muitos portugueses, como sempre se
disse, são excelentes. Criativos e comunicativos, desenrascados.
Valem imenso. Mas, em Portugal, estavam tramados, não
teriam espaço para, com desembaraço, criarem mundos que as suas
pontes eram capazes de visionar. Foram-se! Um dia, muito dificilmente poderão voltar.
Ficamos mais pobres aqui, mas mais
livres pelo mundo. É a diáspora natural de um país como Portugal, nesta sociedade hipermédia, global.
Apesar de tudo, não é uma
triste sina. Eles não fugiram, simplesmente ambicionaram e voaram. Mas o que os alimentou, foi o atraso de mentalidades, a má educação, a desorganização e a tacanhez
de muita gente neste Portugal. Ambiciosos, «fugiram» desse aspeto triste. Para conquistar o (seu e nosso) mundo. Iniciaram os (Re)Descobrimentos!
Texto escrito de «Acordo com uma Nova Ortografia Imaginária», a minha, a de um simples e humilde analfabeto!
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