Há 27 anos, numa aula de Francês, ouvia a Helena Azevedo, professora de metro e meio, e pensava: «Se um dia for professor, serei como ela: enérgico, dedicado, sempre disposto a ajudar. Ela nunca desiste dos
alunos, não nos deixa desertar». Que espetáculo de gente!
Anos depois, apaixonei-me pela nobre arte de desenvolver pessoas. Por isso, sempre
que posso, reflito, aprendo e escrevo sobre o tema.
Tenho 3 amigos Pedro, professores
especiais! Por vezes, trocamos experiências e palavras sobre a
paixão que nos une.
Três «lições» deles, vivem no meu coração: «Façam-nos trabalhar, é assim que
eles aprendem. Nós só temos de ajudar a descobrir o sentido do
saber»! «Eles adoram descobrir as coisas em grupo e construir
relações para perceberem o que os envolve»! «É preciso ter
paciência, orientá-los, com disciplina»!
Acrescento uma aprendizagem:
«desafia-os, provoca-os com respeito».
Faço isto com a atitude da Helena,
«aquela gaja pequena, de cabelo encaracolado, que andava de
colete e organizava coisas com os alunos». Essa meia-leca que, primeiro, transformou o ódio sobre o Francês numa
disciplina aceitável e, mais tarde, num professor apaixonado!
Quem imaginaria a força
da paixão, combinada com o estudo e a razão!
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