quarta-feira, 14 de março de 2012

Governar não é gerir


Governar (um país) é trabalhar para o tornar sustentável, próspero, desenvolvido, seguro, capaz de se constituir num espaço de interações e relações que geram bem-estar. Havendo, todavia, a necessidade de estar no mundo com uma economia sustentada e uma política decente!

Gerir (um país) é governá-lo para produzir riqueza. Para criar lucros, para remunerar uns tantos e criar externalidades, resultados que se verificam na relação com o exterior! Mesmo que no interior haja mal-estar, sofrimento, desagrado para alguns, cerca de metade da população!

Ter uma empresa é divertimento ou sofrimento, uma coisa pessoal.

Ter uma pátria é algo superior, de base animal. Ter uma Pátria é ter uma Terra que faz parte de NÓS, uma comunidade especial!

Por isso, me questiono muito: As prioridades deste e do anterior governo não estarão pervertidas? Serão justas e decentes? Será que o povo se sente feliz e reconfortado com estas opções e prioridades? Será que o Cavaco Silva, o António Mexia, o Ricardo Salgado, o José Sócrates e o Passos Coelho possuem um estatuto moral capaz de dirigir uma Nação e reconstruir uma Pátria? Será que o povo está descomprometido com as escolhas que fez, com a inação que tem?

Portugal é um país, uma Pátria. Não é uma empresa, governada por uns quantos que fazem gestão financeira!

Um comentário:

  1. Estamos em sintonia um país não é uma gestão é uma interiorização em que Governar é Comprometer.
    Responsabilizarmo-nos com a noção de Nação e não do paternalismo, muito menos do porreirismo português e porque não mesmo de laxismo.
    A constante procura do oiro, do dito lucro, tem-nos conduzido à perda de um dos principais valores de Pátria a segurança e a protecção, (quem em momentos de fragilidade não procurou o “colo” de sua mãe?). Já por várias vezes reflecti se não serei órfão, em que sistematicamente quem se nos impôs dirigir os destinos (o que é diferente de governar) nos vai catalogando e colocando em IRS’s que tachativamente alimenta muitos gentios.
    Carlos Pedro

    ResponderExcluir