quinta-feira, 29 de março de 2012

Glórias vãs


Há alguns meses, exigi de mim uma nova e arrojada responsabilidade social: partilhar contributos para o desenvolvimento humano. De modo dedicado, tento refletir sobre o nosso desenvolvimento comum.

Embebido nas reflexões desta manhã, preparando umas aulas de Geografia Humana, recordei que, muitas vezes, esquecemos o que é básico: a existência. Mas, a existência do quê? Dos seres humanos? De cada um? De todos os seres vivos? Hoje, humildemente, reconheço que não sei a resposta, num planeta que começa a ser demasiado pequeno!

Mas há outra questão básica (filosófica) que me preocupa dia-a-dia. Como devo estar na vida, perante a enorme humildade de ser «apenas» um grão de areia de mais de 7 mil milhões, de uma desumanidade crescente, num planeta povoado de seres ancestrais e animais, num universo transcendente, carregado de energias superiores?

E a resposta surge-me assim: acalma-te, vive grato o dia-a-dia, partilhando, com a grande humildade que te ajuda a aprender, com uma serena capacidade de crescer, todos os dias, e, … ligado aos outros que te sentem, arroja-te, arrisca, avança, porque só assim se conquista.

Mas, conquista-se o quê? 

Conquista-se a paz interior numa vida interligada, enquanto este planeta, o permite. Sê humilde para aprender e arrojado para conquistar o Ser, num cosmos que não se esgota neste planeta, nem nesta vida!

Curte a vida, não a deixes passar em busca de glórias vãs!

2 comentários:

  1. todos os dias podemos tentar mudar e ser melhor, basta olhar em redor, com atenção, e basta um simples gesto para contribuirmos para alguém ou para o "universo" melhorar e nós felizes.

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  2. Nós somos consciência. O melhor que podemos fazer na vida, por nós, pelo mundo e pelo universo é desenvolver a nossa consciência. Faze-la crescer nas suas dimensões individual, colectiva e universal. Por isso é que tudo começa com as questões e é sempre às questões que voltamos. Desenvolvimento é fazer crescer as consciências. As glórias vãs são as distracções que limitam o nosso desenvolvimento. E digo isto por experiência própria, claro ;-)

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