A minha filha acredita que Deus existe!
Aprendeu, descobriu. Fez o saboroso percurso da dedução e
descoberta. E, com naturalidade, afirmou, no elevador, a caminho da
escola: Pai, Deus existe mesmo. É uma força, uma energia superior a
nós. É a lógica do Universo!
Não quis concordar, para não criar
mais uma convicção precoce, um preconceito que nos aprisiona. Mas,
efetivamente, acho que sim!
Não a ensinei, ninguém o fez. Apenas
deixámos que ela percebesse quão ínfimo é o ser humano perante o
Universo. Sem religiosices, cientificidades limitadas, lamechices e
pieguices. Deixámos que descobrisse um sentido para uma das mais significativas e irrelevantes dúvidas que nos assaltam. Ela, descobriu,
com simplicidade, que, de facto, Deus existe. Resolveu um problema.
Criou uma solução, válida!
Para nós, Deus não é o santo das
barbas que julga, pune ou ajuda, que define a fé e a vida. Deus é, simplesmente, o inexplicável da vida. É uma força,
muito superior à nossa capacidade de o racionalizar, mas muito
próxima de se descobrir através da existência, da contemplação e da meditação. Não é uma via. Antes, uma constatação!
Estou seguro. Deus existe. E o
destino (com contornos que desconheço) também. Já o comprovei, já
os experimentei. Deus não é só fé, nem é razão, nem emoção. O
destino também não. Só me falta saber se há almas gémeas e
reencarnação. Mas, aí! Tenho fé!
Sem nos dedicarmos à religião ou a qualquer moral que aprisiona a vida e a razão. Somos livres. Porque sabemos que Deus existe! Mais lúcidos e livres que a ciência que o nega, em ilusão.
Texto escrito de «Acordo com uma Nova Ortografia Imaginária», a minha, a de um simples e humilde analfabeto!
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