domingo, 11 de março de 2012

Conta-me tudo


Os filhos existem para nos ensinar. São os alicerces, as ferramentas para aprender, para nos descobrirmos! São o mapa do tesouro. Escavam cá dentro, no ser profundo e rico que é cada um de nós. Abrem-nos e obrigam a descobrir as forças e os recursos que somos.

Os putos, por vezes, à noite, querem uma história, para, encantados com a vida, poderem dormir melhor. Noutros momentos, querem descobrir a vida para além da sua própria experiência. Querem ligar-se a nós! Pedem-nos: «Conta-me tudo».

É como se dissessem: «Recorda o mais importante que sentiste, aprende e passa-me toda a tua experiência relevante. Ajuda-me a sentir para descobrir a vida! Mas deixa estar, não me ensines, o resto, eu aprendo»

Eles sabem!

Alguns de nós, adultos, seres estúpidos, não contamos histórias, ficamo-nos pelas regras e obrigações, pelo ensino das coisas certas e das ilusões. Damos bens quando eles querem o além: TUDO! Tudo o que está para além da sua imaginação. Tudo o que realmente conta para a emoção. Esse alicerce única da razão...e da vida. Querem-nos!

É como se dissessem: «Deixa-te de tretas, cresce, por favor, liga-te a mim, ajuda-me a descobrir, acarinha-me, conta-me tudo. Assim, ficas ligado a mim e descobres ... TUDO!

Quando não há filhos, há outros. Conta-me tudo!

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