quarta-feira, 21 de março de 2012

Bichos automatizados


A família é a génese da vida, das relações e emoções. O quintal, o ninho, a plataforma de onde nos lançamos em voos para conquistar o mundo, para planar sobre os vales, montes e rios. Para conhecer, cada vez mais além. É o cantinho onde começa o caminho.

A família é a base! A escola o complemento. De um (in)feliz lançamento.

Desde que nascemos, é nas relações significativas que temos, com os pais, os irmão e os outros que nos são próximos, que nos construímos, bloqueamos ou destruímos, desatinamos. Marcados por outros destinos.

Dependemos, como um rádio, da sintonia que escolhem, da onda em que vivemos! Mas, ao fim de alguns anos, mais autónomos, somos aquilo que escolhemos. Na frequência que queremos, a partir da qual mudamos, nos limites de onda a que nos habituámos. 

Somos bichos, pássaros que saem do ninho para conquistar o mundo, como rádios sintonizados, telecomandados ou desatinados, humanos, que, a qualquer momento, podem mudar de frequência e, por acasos da vida, até saltar de onda! 

Somos bichos, quase automatizados!

2 comentários:

  1. Pena é que nunca sejamos autónomos.
    Existem muitos indícios que me empurram para essa conclusão.
    Como um amigo meu dizia, estamos até dependentes de um simples microcomprimido para sobreviver e esse comprimido contem em si uma cadeia enorme de dependências ...

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    1. Autónomos talvez sejamos.... com muitas dúvidas! Mas autómatos, também seremos, eventualmente. O que não somos é independentes. Apesar de alguns o desejarem desalmadamente! Obrigado pelo comentário. TUDO DE BOM

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