Viver é como descer dentro de um rio
desde a nascente. O percurso certo é o destino, seguir e perseguir a
corrente. Ela guia-nos, enquadra-nos, arrasta-nos, espanta-nos
intensamente, em momentos turbulentos ou em caldos de serenidade, de plena simplicidade, leva-nos ao imenso universo, do mar aberto para a
eternidade.
No início, a corrente é mais forte
do que a infante sabedoria. O rio guia.
Mais tarde, selvagens, o rio puxa. O
jovem estrebucha. Seguimos juntos. De vez em quando, fugimos. É o
destino que nos empurra. Tocamos as margens, por momentos. Podemos emergir, sair do rio, correr, entrar na floresta que o
bordeja e perdermo-nos por ela adentro. Ou, simplesmente, deitarmo-nos
na praia, a descansar.
Somos adultos. Escolhemos. O rio
assusta! Continuamos, seguindo o fluxo, o rio que nos transporta. Ou largamos o destino e perseguimos, por vezes sem tino, um caminho
que nos desperta. Que nos afasta.
Se não saímos, seguimos. Livres, na
corrente, condicionados. Em alternativa, vagueamos, perdidos, ou achados, na floresta. Tristes ou em festa. Até que, por acaso,
encontramos um rio.
De acordo com o destino, naturalmente, velhos, cansados ou resgatados. Estamos no mar, imenso, denso, que
pode estar calmo e doce, manso ou irado, neste universo que nos transcende!
É certo, como o destino.
Também conheço esse percurso. :)
ResponderExcluirhttp://gracacostasantos.blogspot.pt/2011/12/o-rio-que-conta.html
Aprecio mesmo estes teus périplos e gostava de não ser tão preguiçosa e fazer o que tu fazes com maior frequência.
Obrigado Graça ;-)
ResponderExcluirMalta amiga, leiam também http://gracacostasantos.blogspot.pt/2011/12/o-rio-que-conta.html que bem vale a pena.