Os miúdos ensinam. Se estivermos
atentos. Aprendem, e prendem, pela ação. Agem. Fazem, experimentam
e erram, correm tropeçam, avançam, recuam, mexem e quebram, voltam
para trás. Não param. Não pensam, para eles é simples: zás,
catrapaz!
Inspiram stress. Polegam mensagens.
Chat(eiam-se) todos. Saltitam conceitos. Palmilham quilómetros, no
mesmo lugar. Imóveis, nos portáteis e telemóveis. São
efervescência pura, saltitante, deambulante, com pouco jeito. Não
conseguem parar! Não têm preceitos. Indisciplinados, perdidos,
criam jeitos e conceitos. Sempre a inventar!
Paradoxalmente, estão perdidos e
achados! Mas estão vivos, divertidos, a correr e a saltar. Caminham, elitrizados, nos atalhos da dispersão.
Não
são só eles! Pois não?
Nós, os graúdos, os que julgam que o
são. Estamos perdidos. Dizemos que não. Fingimo-nos achados, sabidos. Precisamos de tempo, de
esforço, de novos sentidos, de novas experiências, de boa emoção. Estamos assim. Alguns, assustados, na sua razão. No medo,
nos velhos mitos. Melhor ainda, na crítica dura da ação, dos
miúdos.
O mundo que era. Já é ilusão.
Sentimos, pensamos, vivemos, estamos ... dispersos, perdidos e
achados. Sós e acompanhados, a correr, alegres e tristes, ora em pé ora sentados, de rastos, exaustos, prostrados no chão.
Sem razão!
O problema são eles? Parece-me que não!
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