quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Monopólios da treta


A vida baseia-se nas trocas que fazemos com os outros, na sua qualidade e valor. Na posse ou ausência de sentidos e de afetos.

A economia transforma trocas em dinheiro e poder para satisfazer as ambições humanas, os sentidos limitados da competição efémera. Ao longo da história, sempre houve quem quisesse controlar a vida através das trocas. Criaram-se privilégios e monopólios (de poder financeiro e estatutário), com o acordo, a complacência ou o interesse de quem legisla ou governa, de quem tem poder. De quem o quer ter.

Em 200 anos, como reflexo da filosofia da Revolução Francesa, a economia serviu a prosperidade, melhorando a qualidade de vida e o bem-estar de algumas comunidades. Mudou hábitos e convicções. Destruiu antigas relações e equilíbrios ecológicos. Usou os recursos naturais para criar monopólios políticos e financeiros com uma escala global. Exclusivos e exclusores! Com um sentido medíocre da vida.

Criou-se riqueza e pobreza. Integração e exclusão. Acentuou-se a alegria, a felicidade e o sofrimento!

Construiram-se sonhos de progresso. Hábitos de vida insustentáveis. Afastámo-nos da Terra, dos ciclos da vida, da respiração calma e natural que o vento e o correr dos regatos nos sugerem. Artificializaram-se as relações, connosco, com os outros (seres vivos) e a Terra.

Porque, para alguns miseráveis, carentes de afetos e de auto-respeito, a felicidade passa por possuir vitórias efémeras e monopólios da treta.

É, simplesmente, o resultado da Educação que fazemos!

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