A vida baseia-se nas trocas que fazemos
com os outros, na sua qualidade e valor. Na posse ou ausência de
sentidos e de afetos.
A economia transforma trocas em
dinheiro e poder para satisfazer as ambições humanas, os
sentidos limitados da competição efémera. Ao
longo da história, sempre houve quem quisesse controlar a vida através das trocas. Criaram-se privilégios e monopólios (de
poder financeiro e estatutário), com o acordo, a complacência ou o
interesse de quem legisla ou governa, de quem tem poder. De quem o
quer ter.
Em 200 anos, como reflexo da
filosofia da Revolução Francesa, a economia serviu a prosperidade,
melhorando a qualidade de vida e o bem-estar de
algumas comunidades. Mudou hábitos e convicções. Destruiu antigas
relações e equilíbrios ecológicos. Usou os
recursos naturais para criar monopólios políticos e
financeiros com uma escala global. Exclusivos e exclusores! Com um
sentido medíocre da vida.
Criou-se riqueza e pobreza. Integração
e exclusão. Acentuou-se a alegria, a felicidade e o sofrimento!
Construiram-se sonhos de progresso. Hábitos de vida insustentáveis. Afastámo-nos da Terra, dos ciclos da vida, da respiração calma e natural que o vento e o
correr dos regatos nos sugerem. Artificializaram-se as relações,
connosco, com os outros (seres vivos) e a Terra.
Porque, para alguns miseráveis,
carentes de afetos e de auto-respeito, a felicidade passa por possuir
vitórias efémeras e monopólios da treta.
É, simplesmente, o resultado da Educação que fazemos!
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