A maioria dos portugueses quer um
soberano no governo, um super-herói. Pouco importa se é eleito. Para uma
maioria crescente, «está-se bem», ... se se puder consumir e imaginar-se a progredir.
Português que se prese, não quer
reflectir nem trabalhar, apenas falar. Muito menos por uma coisa estranha a que
chamam: Democracia. Isso é para políticos: «Eles é que devem
pensar. Tenho de ir tratar da vidinha, comprar qualquer coisinha.»
Ser democrata dá trabalho, responsabilidades. Vincula, tem riscos. Pode falhar. Não garante a
satisfação da vontade. É um compromisso, um casamento. Um desconforto assustador. Mete
medo, pois então.
Em tudo o que implica, compromisso, continuidade, vinculação, respeito, trabalho, honestidade e emoção, a maioria dos portugueses mexe-se mal. Assim que pode, foge. Vai para outro quintal!
Como carneirinhos, encurralados, bem treinados pela «boa» escola que temos, os portugueses estão educados para ficar, sentados, em frente à televisão, comodamente, a sonhar. A imaginar objetivos «reais», curtos e
individuais! Estão tramados. Só querem ser guiados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário