quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Assassinos


A Democracia é um ser vivo, um recurso, um alimento. Um pilar para o desenvolvimento. Mesmo na monarquia! 

Se não a alimentamos, matamos. 

A Democracia conquista-se. Cultiva-se. Por vezes, com sacrifício. Com arte, engenho e trabalho. De eleitores e eleitos, no cumprimento dos deveres. Decentes, a ela sujeitos.

Nunca está garantida. Temos de a manter. Todo o dia, todo o ano, a todo o momento. Sem o uso abusivo dos direitos. 

No ano passado, numa turma de 20 universitários, 3 deles haviam votado numa eleição nacional. A evidência foi chocante! Apenas 6% daquela população. Questionei-os sobre a razão. Responderam: «oh professor, para quê?», «não percebo nada disso!», «fui para a praia.», «a política é muito confusa.», «são todos mentirosos!», «pouco importa o meu voto»!

Os Democratas não nascem nas árvores nem caem do céu. Cultivam-se em casa, na comunidade e na escola. Formando-os. Exemplificando. Exigindo responsabilidades. Cumprindo as regras. Partilhando a decisão, com paridade de poderes, quando, para tal, existe razão.

Portugal é o fruto da educação que tivemos. Daquela que damos. Dos democratas que somos, dos irresponsáveis que temos. Na maioria dos casos, não é preciso olhar para o lado, para acusar o outro. Basta olhar para o espelho. Afinal,... somos nós, os seus indecentes assassinos!

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