segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O grande desafio


Comprimidos pelo tempo, que já não é muito, afundamo-nos no convencionalismo idiota! Rumo a um futuro, cada vez mais presente, de catástrofe, curtindo ou sofrendo com a vitória do Benfica.

Na economia e na política, com muita urgência, precisamos de dar um salto entre paradigmas. Dura duas ou três gerações. Quase um século!

No paradigma moderno, a criação e transação de recursos é (quase em exclusividade) o alicerce da economia e do poder, o pilar central da vida! Grande parvoíce! Nesta perspetiva, «Recurso» é algo que possuímos, que nos pertence! Guarda-mo-lo, limita-mo-lo a algo transacionável e esgotável! Dá-nos poder sobre os outros.

Mas há muitos mais Recursos. Aquilo que podemos reinventar e trocar, constantemente, a baixo preço, numa escala global! Um «Recurso» é, hoje, de facto, o que somos e tudo o que sejamos capazes de trocar com os outros.

Imaginem o poder (para a vida e para a economia) desta perspetiva!

Chama-se «intervenção comunitária», nasce dos paradigmas antropológicos e comunitaristas que (re)emergiram nos anos 60. É rejeitada pelos modernistas desde então! É muito mais criativa!

Como um recurso é uma fonte de poder, a partir de algo que alguém precisa ou deseja, imaginem a riqueza que temos neste «novo» paradigma, com as tecnologias digitais! Assim, a crise é uma etapa, um passo para outro mundo, dentro de nós e das nossas relações.

Mas, mudar um paradigma contra o pensamento instalado...isto sim, é um grande desafio!

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