Comprimidos pelo tempo, que já não é
muito, afundamo-nos no convencionalismo idiota! Rumo a um futuro, cada
vez mais presente, de catástrofe, curtindo ou sofrendo com a
vitória do Benfica.
Na economia e na política, com muita
urgência, precisamos de dar um salto entre paradigmas. Dura duas ou três gerações. Quase um século!
No paradigma moderno, a criação e
transação de recursos é (quase em exclusividade) o alicerce da
economia e do poder, o pilar central da vida! Grande parvoíce! Nesta
perspetiva, «Recurso» é algo que possuímos, que nos
pertence! Guarda-mo-lo, limita-mo-lo a algo transacionável e
esgotável! Dá-nos poder sobre os outros.
Mas há muitos mais Recursos. Aquilo
que podemos reinventar e trocar, constantemente, a baixo preço, numa escala global! Um «Recurso» é, hoje, de facto, o que somos
e tudo o que sejamos capazes de trocar com os outros.
Imaginem o poder (para a vida
e para a economia) desta perspetiva!
Chama-se «intervenção comunitária»,
nasce dos paradigmas antropológicos e comunitaristas que
(re)emergiram nos anos 60. É rejeitada pelos modernistas desde
então! É muito mais criativa!
Como um recurso é uma fonte de poder,
a partir de algo que alguém precisa ou deseja, imaginem a riqueza
que temos neste «novo» paradigma, com as tecnologias digitais! Assim, a crise é uma etapa, um passo para outro
mundo, dentro de nós e das nossas relações.
Mas, mudar um paradigma contra o pensamento instalado...isto
sim, é um grande desafio!
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