O poder está associado ao estatuto e
aos recursos que temos. Com base neles, criamos e criam expectativas
sobre nós. Fazem com que tenhamos maior ou menor poder.
Em Portugal, há uma mania estúpida de
reconhecer estatuto a quem tem títulos (culturais, nobiliárquicos ou
profissionais) e não existe o hábito de reconhecer o
poder pelo trabalho feito, pelos resultados obtidos.
Um construtor civil com sucesso, se não
tiver ido à escola (superior) é um pato bravo. É um destruidor do
ambiente, um «Xico-esperto». Se tiver um título, é um «senhor
engenheiro». Mesmo que as práticas sejam iguais e os
resultados deste último, inferiores.
Se uma pessoa deixou de estudar ou
de trabalhar para cuidar da família, chamamos-lhe «dona de
casa». Pobrezinha, não arranjou emprego! Apesar de fazer uma
função tão ou mais nobre do que servir um rico, em troca de uns cobres.
Os que não estudaram ou que optaram
pela família, perderam estatuto! Perderam poder! Sem, todavia serem
menos importantes que os outros!
Mas, os outros, desvalorizam-nos, por causa do estatuto!
Será que isto ocorre nos
países mais desenvolvidos da Europa do Norte ou nos mais competitivos da América (do Norte e do Sul) e da Ásia?
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