O País é uma mentira. Já dizia o Eça
(de Queiroz).
A Democracia é uma mentira. Um
sonho tonto de mentes sãs. Uma esperança vã. Que se desvanece. Que
desacontece. Somos assim.
A Democracia é consciência, respeito e responsabilidade. Pede camaradagem, diferença,
fraternidade e eficiência. É organização e decência.
Dá trabalho e jugo. Conjuga e compromete. Obriga.
Portanto, assusta. Não interessa! Mas,
é melhor que não se diga!
O português médio é «velho», antes
de o ser. Convencional, tristonho e cinzento sem o querer.
Disfarça-se, pinta-se às cores, inventa espelhos para se rever.
Busca, e reproduz o poder. Quer privilégios, sem esforço, com
emoção e fanfarronice. Com carnavalada e mesquinhice.
Os «melhores», atingem-los (aos
privilégios). Os outros, invejam-los!
O português médio é inconsciente e
inconsequente. Não estuda nem reflete. Bebe, discute e vai para casa
dormir. Fala do que não sabe, mas sente. Fala e, acima de tudo,
mente. Disfarça a sua miséria e incompetência com laivos de
snobismo bacoco e de xenofobismo maroto. Debate o acessório como
real. Esquece o que importa, o essencial.
Os oportunistas, das elites
(co)modistas, os xicos-espertos da história, não falam, mas mentem,
manipulam. Compram a imprensa, agem, bajulam. Aproveitam os médios
do festival. Nas festas, lá vão, singrando, felizes,
neste mentiroso Portugal. Enquanto os outros, queixinhas, piegas,
tristes. Mais ou menos ilustres, se vão debatendo
com a mentira fatal!
Em verdade, o problema é cada um de
nós e todos juntos, afinal!
Nenhum comentário:
Postar um comentário