quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Mentira e Carnaval


O País é uma mentira. Já dizia o Eça (de Queiroz).

A Democracia é uma mentira. Um sonho tonto de mentes sãs. Uma esperança vã. Que se desvanece. Que desacontece. Somos assim.

A Democracia é consciência, respeito e responsabilidade. Pede camaradagem, diferença, fraternidade e eficiência. É organização e decência. Dá trabalho e jugo. Conjuga e compromete. Obriga.

Portanto, assusta. Não interessa! Mas, é melhor que não se diga!

O português médio é «velho», antes de o ser. Convencional, tristonho e cinzento sem o querer. Disfarça-se, pinta-se às cores, inventa espelhos para se rever. Busca, e reproduz o poder. Quer privilégios, sem esforço, com emoção e fanfarronice. Com carnavalada e mesquinhice.

Os «melhores», atingem-los (aos privilégios). Os outros, invejam-los!

O português médio é inconsciente e inconsequente. Não estuda nem reflete. Bebe, discute e vai para casa dormir. Fala do que não sabe, mas sente. Fala e, acima de tudo, mente. Disfarça a sua miséria e incompetência com laivos de snobismo bacoco e de xenofobismo maroto. Debate o acessório como real. Esquece o que importa, o essencial.

Os oportunistas, das elites (co)modistas, os xicos-espertos da história, não falam, mas mentem, manipulam. Compram a imprensa, agem, bajulam. Aproveitam os médios do festival. Nas festas, lá vão, singrando, felizes, neste mentiroso Portugal. Enquanto os outros, queixinhas, piegas, tristes. Mais ou menos ilustres, se vão debatendo com a mentira fatal!

Em verdade, o problema é cada um de nós e todos juntos, afinal!

Nenhum comentário:

Postar um comentário