segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Dupla personalidade


Hoje, o sucesso pessoal exige uma dupla personalidade, adaptável, que aparece, adequada, de acordo com o contexto. É uma carreira pojante e uma família marcante! Quando se tem poder, se é relevante.

Como diz o índio, temos em nós um lobo mau e outro bom, que podemos cultivar e deixar aparecer em qualquer situação! 

Na carreira, no campo dos negócios e da política, invocamos o nosso Ser combatente, conquistador, que, sem qualquer problema, com todos os meios, elimina os adversários, busca e alcança os resultados, não importa com que dor. Mostramos o pior: o lobo mau. O que os outros querem ver!

Em casa e na comunidade, entre amigos e colegas, nas equipas de trabalho, querem sentir o lobo bom. O que conta são os momentos, partilhados, nem tanto os resultados. Buscam o Ser decente que há em nós, o colega de alcateia, o chefe da matilha que protege.

Esta dicotomia, este pedido do Ser (que, afinal, se é!), desde que o cultivemos, cria problemas, conflitos, acusações, imcompreensões, desvarios e ilusões. Lança guerras e sofrimentos, atrozes.

Em contextos de mudança tão exigentes como o de agora, corremos o risco de perder a noção do Ser (do nosso caráter) e das regras. De agir com o lobo mau onde se exige o lobo bom. De assumirmos sempre o lobo mau. Ou vivermos tristes, na companhia do lobo bom.

Neste ambiente de mudança intensa e entusiasmante, a dupla personalidade é um dom. Mas, por vezes, confunde(-se) e mostra-se nos momentos inadequados, fora de contexto. Descontrolada, destrói percursos, processos e resultados. Destrói a vida e o sucesso. 

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