Misture-se bem, num território, o surrealismo ingénuo da Esquerda com o pragmatismo limitado da Direita. As
estruturas obsoletas de pensamento, de ação e de relação. Junte-se-lhe um pouco de irresponsabilidade, Carnaval e distração. Mexa-se tudo bem mexido com uma política de contenção. Em pouco meses, em vez de mudança, temos caldeirada, a grande confusão.
De um lado, as gerações novas, irresponsáveis (educadas pelas mais velhas e pelo marketing), adoram brincar. Não foram educadas, nem querem pensar. Vivem num grande jardim infantil. Que nós, os mais velhos, entusiasmados pelo consumo e a democracia, criámos,
com múltipla ilusão. Quando ela morre, ...Ups, fica a frustração!
Do outro lado, vendo a extrema mudança global, estão os «Velhos», com poder e cátedra, «cheios» de razão. Querem acreditar que os seus
ideais e vícios ainda dão! Presos às suas doces opulentas convicções, imutáveis escuridões, inseguros, comportam-se que nem parvalhões.
E, no meio, bem espremidinhos, vemos o povo, a classe média, de meia idade. Aquela que, efetivamente, vai sofrendo, desesperançada, e empobrecendo, privada, de tudo e de nada!
E, assim, se tem Portugal, num tempo de mudança fulcral!
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