O velho sábio índio sussurrou-me ao ouvido: Não
desistas. Para e avança! É nesse compasso que se faz a vida.
Enche-te. Entrega-te. Alternadamente, para trás e para a frente,
determinado e valente.
Seco e altivo, o velho mandou: Nunca
desistas! Para, sente, confronta-te, mas nunca desistas.
Voa como a águia, livre. Escuta o que o vento lhe
traz. Pode ser que, ao virar da curva, do cimo de uma montanha,
avistes um rio imenso, que te arraste para mundos que nunca
sonhaste. Vivo, intenso e suave, sempre no teu tempo, que
reencontraste.
E o velho insistiu: Não
te iludas. Apenas paraste. Assim sendo, fica. Sente o vento,
deixa-o passar, inspira o teu voar. Escuta, enche-te de força, e recomeça a andar. Avança. Calmo, seguro, compassado,
até, de novo, encontrares o teu presente, um futuro que se une com o
passado. Junta-os num só, no teu tempo. Na tua vida, nos teus
momentos.
Centra-te. Entrega-te. Deixa-te levar. Dá os teus passos, são a tua vida. Porque És. A vida é! É estar, sentir, chorar, e rir, morrer, ressuscitar e andar. Podes.
Deves parar. Mas nunca desistas.
Escuta-te. Respeita-te. Para e avança
quanto bastar. Nunca desistas, de te amar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário