segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Para e avança, nunca desistas


O velho sábio índio sussurrou-me ao ouvido: Não desistas. Para e avança! É nesse compasso que se faz a vida. Enche-te. Entrega-te. Alternadamente, para trás e para a frente, determinado e valente.

Seco e altivo, o velho mandou: Nunca desistas! Para, sente, confronta-te, mas nunca desistas. Voa como a águia, livre. Escuta o que o vento lhe traz. Pode ser que, ao virar da curva, do cimo de uma montanha, avistes um rio imenso, que te arraste para mundos que nunca sonhaste. Vivo, intenso e suave, sempre no teu tempo, que reencontraste.

E o velho insistiu: Não te iludas. Apenas paraste. Assim sendo, fica. Sente o vento, deixa-o passar, inspira o teu voar. Escuta, enche-te de força, e recomeça a andar. Avança. Calmo, seguro, compassado, até, de novo, encontrares o teu presente, um futuro que se une com o passado. Junta-os num só, no teu tempo. Na tua vida, nos teus momentos.

Centra-te. Entrega-te. Deixa-te levar. Dá os teus passos, são a tua vida. Porque  És. A vida é! É estar, sentir, chorar, e rir, morrer, ressuscitar e andar. Podes. Deves parar. Mas nunca desistas.

Escuta-te. Respeita-te. Para e avança quanto bastar. Nunca desistas, de te amar.

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