terça-feira, 15 de maio de 2012

Serviço Cívico Obrigatório

Os ideias libertinos que se apropriaram da revolução de Abril (à esquerda e à direita) desvalorizaram o escutismo, a catequese, a família alargada, a comunidade, promovendo o consumo e o desaparecimento do serviço militar obrigatório.

Agora, refletem-se na sociedade que temos e nas organizações, nos comportamentos que levam à insustentabilidade! 

Temos inúmeras pessoas com menos de 50 anos que não têm disciplina nem se sabem vincular a qualquer ideal de «bem comum». Só pensam em si, no seu umbigo, no seu dinheiro e no seu poder!

Admitindo que ainda vale a pena tentar inverter o caminho da incivilidade em que nos deleitamos, que nos leva à indisciplina e à violência (cultivada na televisão e nos filmes de cinema), proponho que criemos um Serviço Cívico Obrigatório, para todos. Quanto antes. Com a duração de 12 meses.
 
Durante cerca de 4 meses, ensinar-se-ia a ser decente, respeitador, disciplinado, organizado, pacifista, ambientalista e empreendedor. Nos restantes 8, estagiava-se em entidades sem fins lucrativos. 

Criar-se-ia emprego e civilidade. E a economia renascia, com mais sentido!

4 comentários:

  1. Eu também acho utópico ...mas vou colaborar ....pode ser que dê alguns frutos !!!!

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  2. Gostaria que ao fim dos 4 meses , se percebesse que houve um grupo de gente ...que ajudou outra gente a sentir-se mais gente...

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  3. como sabes adoro utopias e no que puder conta comigo! :)

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  4. Junto aqui um comentário muito pertinente do Ivo Dias:

    Os agentes tradicionais de socialização (Família, Escola, Igreja, Instituição Militar, entre outras) têm vindo a perder importância em detrimento da acção dos denominados ‘grupo de pares’, pelo que é natural que os valores, princípios e atitudes que estruturam os comportamentos, hoje em dia, tendam a parecer estranhos para quem foi ‘criado’ segundo um outro sistema de referência.
    Para quem assistiu à liberalização de costumes pós-25 de Abril, a um certo recuo no período pré-adesão à CEE e à total desregulação que caracteriza os tempos que correm, como eu assisti, não estranha a profunda mutação de atitudes e comportamentos que hoje observamos: novos grupos de referência, novos valores, princípios, atitudes e comportamentos!
    Não sei se esta mudança social é positiva ou negativa, porque essa valoração decorre de aquilo que somos e da forma como pensamos, sentimos e agimos, mas que pode chocar algumas pessoas da minha geração (e, felizmente, tu não és!), não me choca, nem me surpreende. Às vezes, por brincadeira, costumo dizer que, na minha qualidade de cientista social, me sinto obrigado a observar, a analisar e reflectir e, não raras vezes, a produzir conclusões sobre a realidade social onde me integro, até na qualidade de observador-participante; nessa qualidade, tenho constatado essas transformações e concluído que têm sido lineares e continuadas, sendo que assim me tenho procurado ‘ajustar’ a este novo sistema de referência, embora com pouco sucesso!
    Há uns anos atrás, um putativo candidato a Primeiro-Ministro (consta que será, presentemente, ministro dos negócios estrangeiros) defendia um novo papel para as Escolas e a introdução de novos rituais e regras: que pena ele não ter assumido a tutela da Educação!
    Recuando ao pensamento de um velho conhecido, Marx (cruzes, canhoto!), o Karl e não o Richard, a História da Humanidade é o da sequência de ciclos que se repetem, embora com nuances.
    Estou convicto que assistimos a um declínio progressivamente acentuado do modelo civilizacional ocidental, que virá, inexoravelmente, a ser substituído por um outro , ‘naturalmente’ mais austero, impondo novas formas de pensar, de sentir e de agir!
    Felizmente para mim, porque o curso da vida não pára, não viverei esses tempos, mas os que de hoje assistirem a esse devir, dirão…
    Álvaro, um bem-hajas e um forte abraço!
    Para ti também, IVO, tudo de bom! ;-)

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