quinta-feira, 24 de maio de 2012

Descendo Monsanto


20 horas e quinze minutos, por aí abaixo, descendo Monsanto, depois de mais um dia, na escola! Umas aulas, uns testes, umas conversas! Nada mais, para além do prazer de dar aulas. De aprender com os que ensino, de estar com alguéns que me aturam e merecem.

Pagam-me para ser feliz. Para crescer, que mais posso querer? Em troca, dou tudo o que posso, o que penso saber. Tento fazer carinhas felizes, capazes de, hoje, sonhar com a vida que amanhã conquistarão.

Continuo a descer e avisto a cidade, esse objeto de estudo que explico com paixão. Passa um avião. Vai para a Portela, posso vê-lo aterrar ou observar a paisagem, sentindo o vento a passar pela cara. Que bom! 

Sabe tão bem regressar a casa depois de um dia em que tenho trabalho, em que sou quem sou e, no facebook, vejo os reflexos da vida nos sagrados agrados dos meus alunos, presentes e passados.

Bolas, ainda bem que fiz o curso de Geografia, me enganei no código e escolhi, sem querer, a via de Ensino. Ainda bem que deixei para traz, temporariamente, uma carreira na gestão. Boa opção. Foi o destino. 

Apesar de tudo, dos constrangimentos. É bom! Estou vivo, sou pobre, mas imensamente rico de relações e histórias para recordar em conjunto. É tão bom! Sou pobre, mas não estou podre, como alguns! 

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