Quando miúdo e jovem, com facilidade,
conseguia vitórias em diversas frentes. Enchiam-me o ego. Cantava-as
aos quatro ventos. Com baixa auto-estima, era gabarolas. Inconsciente,
inconsequente. Iludido, era diferente ... e feliz.
Insuportável para alguns.
Com razão, reconheço hoje! Normalmente incompreendido, era competitivo, por vezes, arrogante. A gabarolice raiava a
parvoíce. Ofendia os que se sentiam incapazes de conseguir
conquistas, de sentir o prazer de vencer.
Tanta crítica ouvi, tanta «porrada» levei.
Tantas relações desperdicei.
Apesar de burro e desatento, acabei por
aprender! Tornei-me humilde. Cobardolas. Deixei de cantar as
vitórias. Fiquei quieto, para não ofender. Tornei-me português: cinzento, inseguro, pouco ambicioso,
medroso e crítico.
Amargurado, assim me arrumei. Calmamente,
sobrevivi e agachei-me. Aconcheguei-me na crítica. Estudei, aprofundei o sentido
da vida, encontrei-lhe uma orientação significativa.
Sereno, hoje, volto a ser gabarolas,
com resultados concretos para mostrar, usando o estilo polido
daqueles que fingem não se mostrar para, com as suas
vitórias, não amesquinharem os egos dos que os invejam, em
silêncio. Aprendi a não ser genuíno!
Em Portugal, e não só, é pecado proclamar vitória. É perigoso ser
diferente, dar nas vistas, ser arrojado, ganhar. A menos que se
adote a atitude (que muitos apelidam de arrogante) do Mourinho, com resultados. Ele não tem medo de chocar …
porque vence! Concretiza com a força da mente e
um enome poder de integrar, de ajudar os outros a conquistar.
Por isso vos digo: ousem arriscar, com controlo, nos sonhos e projetos que geram ganhos mútuos! É excelente jogar,
perder e vencer. Vive-se assim uma vida cheia, intensa, forte, que vale a
pena viver!
O sentido da vida é VIVER, não é fingir nem temer.
Muito bem caro amigo. Temos de ser mais arrojados. Os portugueses não são só bons lá fora. Aqui também os há!
ResponderExcluir