terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Estão loucos?

O Governo passou-se? Dá uma no cravo (exigindo e aparentando ter mais rigor e qualidade) e outra na ferradura, apresentando propostas educativas que promovem o subdesenvolvimento nacional?

O ministro da educação apresentou uma proposta de alteração de programas que é uma verdadeira aberração para o desenvolvimento do país. Não será pelo facto de os alunos terem mais horas de aulas pouco eficazes de Português, Matemática, Geografia e História que serão melhores cidadãos ou, potencialmente, melhores profissionais.

Se queremos um país mais empreendedor, mais feliz, mais responsável, por favor, ajudem a parar a proposta de alteração curricular que o Governo apresentou. É estupidificante. Vai aumentar o desinteresse dos alunos pela escola, mantendo tudo na mesma, mas desvalorizando o trabalho de competências.


Perdemos muito ao eliminar a disciplina de Formação Cívica e parte da Educação Visual e Tecnológica. Já eliminaram Projeto. Estão a desvalorizar e a eliminar todas as áreas que ajudariam a construir melhores cidadão, mais competentes e responsáveis. A única coisa boa é o investimento em Inglês. Se tiver abordagens pedagógicas cativantes e aulas mais interessantes!

Com este tipo de abordagem, estamos a promover cidadãos menos motivados para a exploração de conhecimento, com pouca atitude resolutiva e empreendedora. Estaremos a promover a mediocridade operativa, apesar de, aparentemente, se investir naquilo que alguns ainda apelidam de cultura geral (era de facto a cultura geral dos anos 60 e 70), na época em que esta se constrói na Internet, nos eventos programados pelo marketing, nas empresas dinâmicas e nas grandes agregações desportivas!

Isto só da cabeça de gente que não faz a mínima ideia do que é aprender e desenvolver-se no século 21! Este sim, é um retrocesso civilizacional!

Por favor, ajudem a parar esta parvoíce, criando propostas alternativas que sejam capazes de produzir cidadãos mais sábios, mais empreendedores e responsáveis e menos academismo medíocre, que tem impactos negativos no prazer de aprender e na produtividade nacional.

Ajudem a formar professores com competência capazes de promover aprendizagens relevantes para a vida (que, naturalmente, desenvolvem a cultura geral), com significado na atualidade e no futuro, não fundadas nas perspetivas académicas ultrapassadas há vinte anos em Portugal e há 40 na Dinamarca.

Se não percebem nada deste assunto, perguntem a pessoas reconhecidas como os Prof. Marçal Grilo e Roberto Carneiro. 

Amigos, empresários e empreendedores, por favor, para nosso bem e dos vossos filhos, mexam-se contra esta aberração passadista. 

PS: Talvez o interesse da medida seja o de apaziguar os grupos profissionais de História e Geografia que ficaram descontentes com as horas «ganhas» pelos professores de Português e Matemática.

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