Liderança é a arte sábia de conjugar
esforços para que algo aconteça. É a ARTE de conjugar PESSOAS para
conquistar RESULTADOS.
Combina pessoas: o seu sistema nervoso,
a sua experiência, a emoção e a razão. Junta líder, liderados, recursos materiais, informação, através de processos
relacionais e de comunicação, no âmbito de um contexto específico,
num determinado prazo, para atingir um final feliz. É um sistema
complexo e dinâmico de comportamentos e relações.
Liderar é como fazer uma expedição
dos filmes do Tarzan. Sabemos como começa e como queremos que acabe:
o Postal de Destino.
Reunimos recursos, seguimos um caminho desenhado
num mapa tosco, cheio de incertezas. Já na selva, ao longo da
jornada, o inesperado acompanha-nos, enfrentamos inimigos, temos
momentos poéticos e, outros, patéticos, mas, apesar das
dificuldades e indecisões, prosseguimos, com um rumo, por vezes
enérgicos, noutras vezes, exaustos e desesperados. No final, se a
liderança estiver à altura dos desafios, atinge-se o que se
pretende.
Um processo de liderança é uma «luta
contínua» para levar pessoas a colocarem os seus melhores talentos
ao serviço de um objetivo. É um sistema com normas, estruturas
funcionais, agendas planeadas e corrigidas. Exige sincronização de
tempos e de tarefas. Tem um código de honra, identifica claramente
os resultados a atingir em três níveis distintos: estratégico,
tático e operacional.
Seja com processos mais democráticos
ou mais diretivos, a liderança deve estabelecer os tempos e as
formas de cooperação, facilitando a entreajuda, o apoio, a
solidariedade e o sentido coletivo da ação. Desta forma,
conseguem-se sinergias que «inventam» tempo, reduzem mal-entendidos
e conflitos que o consomem.
É conveniente montar uma liderança
ressonante e galvanizante que valorize os seres humanos e as
suas competências, criando condições para assumirem riscos
controlados, leva as pessoas a expressarem os seus talentos, gerando
soluções combinadas e adaptativas sempre que a situação o exige.
Este sistema é motivador. Aumenta a produtividade.
No âmbito de um projeto ou de uma
organização, o segredo está em combinar de modo funcional e
flexível a razão, a motivação (vontade) num sistema alinhado (com
sentido e significado) que garanta a autonomia, a segurança e a
cumplicidade.
Todavia, não podemos esquecer que
existem inimigos de uma boa liderança. Apesar de facilmente
tendermos para encontrar os «bandidos» externos, os guerrilheiros
que nos atacam, que fazem com que o sistema falhe, temos de
reconhecer que os piores inimigos estão ocultos nas convicções,
nos bloqueios e nos automatismos dos líderes, dos liderados e das
suas relações. Temos dificuldade em visioná-los e combatê-los.
As circunstâncias, tal como as
características pessoais, podem promover comportamentos
(in)desejados. Felizmente, as equipas e a sua organização podem
anular e corrigir os que não queremos, promovendo os que desejamos.
Assim, não perdemos tempo, nem
resultados, nem motivação!
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