quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Liderança, a arte de gerir o tempo coletivo


Liderança é a arte sábia de conjugar esforços para que algo aconteça. É a ARTE de conjugar PESSOAS para conquistar RESULTADOS.

Combina pessoas: o seu sistema nervoso, a sua experiência, a emoção e a razão. Junta líder, liderados, recursos materiais, informação, através de processos relacionais e de comunicação, no âmbito de um contexto específico, num determinado prazo, para atingir um final feliz. É um sistema complexo e dinâmico de comportamentos e relações.

Liderar é como fazer uma expedição dos filmes do Tarzan. Sabemos como começa e como queremos que acabe: o Postal de Destino. 

Reunimos recursos, seguimos um caminho desenhado num mapa tosco, cheio de incertezas. Já na selva, ao longo da jornada, o inesperado acompanha-nos, enfrentamos inimigos, temos momentos poéticos e, outros, patéticos, mas, apesar das dificuldades e indecisões, prosseguimos, com um rumo, por vezes enérgicos, noutras vezes, exaustos e desesperados. No final, se a liderança estiver à altura dos desafios, atinge-se o que se pretende.

Um processo de liderança é uma «luta contínua» para levar pessoas a colocarem os seus melhores talentos ao serviço de um objetivo. É um sistema com normas, estruturas funcionais, agendas planeadas e corrigidas. Exige sincronização de tempos e de tarefas. Tem um código de honra, identifica claramente os resultados a atingir em três níveis distintos: estratégico, tático e operacional.

Seja com processos mais democráticos ou mais diretivos, a liderança deve estabelecer os tempos e as formas de cooperação, facilitando a entreajuda, o apoio, a solidariedade e o sentido coletivo da ação. Desta forma, conseguem-se sinergias que «inventam» tempo, reduzem mal-entendidos e conflitos que o consomem.

É conveniente montar uma liderança ressonante e galvanizante que valorize os seres humanos e as suas competências, criando condições para assumirem riscos controlados, leva as pessoas a expressarem os seus talentos, gerando soluções combinadas e adaptativas sempre que a situação o exige. Este sistema é motivador. Aumenta a produtividade.

No âmbito de um projeto ou de uma organização, o segredo está em combinar de modo funcional e flexível a razão, a motivação (vontade) num sistema alinhado (com sentido e significado) que garanta a autonomia, a segurança e a cumplicidade.

Todavia, não podemos esquecer que existem inimigos de uma boa liderança. Apesar de facilmente tendermos para encontrar os «bandidos» externos, os guerrilheiros que nos atacam, que fazem com que o sistema falhe, temos de reconhecer que os piores inimigos estão ocultos nas convicções, nos bloqueios e nos automatismos dos líderes, dos liderados e das suas relações. Temos dificuldade em visioná-los e combatê-los.

As circunstâncias, tal como as características pessoais, podem promover comportamentos (in)desejados. Felizmente, as equipas e a sua organização podem anular e corrigir os que não queremos, promovendo os que desejamos.

Assim, não perdemos tempo, nem resultados, nem motivação!

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