Estou bem. Trabalho, sou
casado, tenho duas filhas. Se a sorte não me fintar, poderei morrer
por volta de 2050, tendo vivido uma vida aceitável! Porque, na minha
Terra, há Paz, alimentos e pessoas, regras e comportamentos
que nos permitiam viver «bem», para uma ampla maioria de gente
(80%, em Portugal)!
Em 2050, que país e mundo terão as minhas filhas, com cerca de 50 anos? Onde estarão? O que farão? Como as
posso educar e apoiar para que tenham uma vida tão boa ou melhor que
a minha, aprendendo, vivendo com saúde e conforto, num mundo
interligado, em Paz, sustentável, onde possam ser felizes?
Posso ensiná-las a lutar e a
sobreviver, como aprendi, levando-as a estar na parte de cima de uma
pirâmide social! Deverei promover o seu espírito competitivo?
Deverei promover a sua ascensão ao poder, o seu enriquecimento
financeiro? Cultivar o seu egocentrismo, servido pela doce sedução
do consumismo? É uma via. Possível! Mas frágil.
Nos próximos 38 anos de vida, o que
poderei fazer por elas e pela Humanidade em que se inserem, na
SOCIEDADE HIPERTEXTO? Deverei ficar consciente, tolhido e quedo,
sonhando que a vida é boa e que tudo se resolve pela mão de Deus?
Ou deverei fazer um «mind-reset» e reinventar novos rumos? Deverei
promover o reforço das consciências ou ajudar a alimentar os
sonhos?
Este assunto não é só meu!
Nenhum comentário:
Postar um comentário