domingo, 26 de agosto de 2012

Indigno desemprego


O desemprego é um flagelo para quem o vive. Retira dignidade.

O sofrimento com o desemprego revela o sentido que damos à vida. Afinal, aprendemos, na escola e em casa, a vivermos para trabalhar. 


O emprego, na idade adulta, é a ferramenta de Ser Alguém, de ser digno, de ser respeitado e de ter acesso aos recursos financeiros que permitem imaginar que temos uma vida feliz!

O emprego e o trabalho são ótimos para os que nunca refletiram sobre a vida, que não sabem orientar-se para além das convenções. O emprego encaminha, dá rotina, disciplina, muitas vezes, dá/é o sentido de vida.

Quando, por qualquer razão, um maduro fica sem emprego, na maioria dos casos, perde o sentido e a dignidade. Até que, por um qualquer processo ou arte mágica, se encontre de novo com um emprego. 

Mas, se sentir que é muito mais valioso do que o simples empregado em que se transformou, é capaz de ultrapassar este mau estado, para reiniciar um percurso mais autónomo e compensador. «Temos todos os recursos de que necessitamos ou podemos criá-los. Não há pessoas sem recursos, apenas há estados mentais sem recursos.» in Coaching con PNL, O Connor, J.; Lajes, A. (2005)

Esta abordagem exige esforço e vontade para aprender: para mudar!

O desemprego pode ser um flagelo ou uma oportunidade para começar um novo percurso de transformação e felicidade. Depende do modo como se encara e da coragem que se tem para se experimentar! Mesmo que a envolvente não seja a melhor.

O desemprego mata quando, erradamente, a pessoa deixa de se considerar digna porque não tem emprego!

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