sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Crato, ... é um erro crasso...


... pensar que o ensino educa as pessoas, que o conhecimento faz grandes homens, que a escola é um alicerce do desenvolvimento.

A escola pode ser um sistema de atraso, de mera e estupidificante passagem de informação – pode criar seguidores, carniceiros, capitalistas e comunistas, ditadores e narcisistas – pode ser um massificador de egoísmos e consumismos, ou, simplesmente, IRRELEVANTE!

Em alternativa, a ESCOLA pode ser um cultivador de mentes abertas e criativas, um espaço de cidadania e treino de pessoas capazes de construir democracias responsáveis e empreendedoras, de cultivar o bem comum com a garantia do desenvolvimento próprio, pode ser um ninho de futuros felizes e de civilização sustentável.

A diferença está na abordagem filosófica e pedagógica que se faz sobre a ESCOLA. Está também na interpretação que todos os intervenientes fazem sobre o ir, estar e passar pela escola, até pelas aulas.

A sociedade desigual que se está a criar, injusta e inviável, reflete a «merda de massa» que somos enquanto sociedade, que se cristaliza na ESCOLA, através dos currículos, das famílias e dos professores!

Portugal é o que os portugueses (eleitores e eleitos) fazem deste território que delimitamos pelas fronteiras geográficas, pela língua e pelo espírito mesquinho de ser português, que multiplicamos nas escolas, em todos os níveis de ensino.

Estamos mais ensinados, mais instruídos, ... menos sábios, … menos cultos … e menos cidadãos decentes.

Mas temos mais escola, com menos capacidade de encher a alma. Para ajudar à festa, há mais de um ano, temos o Crato. Erro crasso!

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