sábado, 25 de agosto de 2012

A vida não é o que ensinamos


A vida não é o que ensinamos aos «miúdos». É o que eles vão experimentando e aprendendo na interação connosco e com os outros, na sua deambulação pelo tempo, pelos espaços e contextos em que sentem, pensam e comunicam.

Não temos o direito de os «forçar», ensinando os nossos padrões. Apenas temos a obrigação de os partilhar com eles, impondo, por vezes, as nossas regras. Mas realçando que são apenas «as nossas», as que conseguimos criar porque aprendemos assim! São o fruto da nossa (in)capacidade, dos nossos valores e dos desejos, regidos por um conjunto de crenças que sentimos.

As escolas (os professores) e as famílias (os pais) deviam já saber isto. Mas ninguém lhes ensinou! Limitados, pela escola que os ensinou, não o conseguiram descobrir!

É por isso que as famílias e as escolas que ensinam, reduzindo a experimentação livre, são tão limitadoras e estão em crise. É também por isso que «o tradicional definha» a «indisciplina» cresce, multiplicando a sensação de caos, mais aparente do que real.

A escola foi criada para «fazer cidadãos operário» e «transtornada» (ou transformada) para libertar talentos, criando ambientes favoráveis de aprendizagem e integração social. Espaços em que a negociação é regra base, valor central. O respeito e a integração são lei fundamental.

Mas infelizmente, essas ainda não são as nossas escolas, nem as nossas famílias.

Assim, nasce a crítica fácil à escola que não funciona, à família que se transmuta, à pessoa que se perde. Assim nascem as medidas obtusas do ministério da educação que matam a liberdade criadora (responsável) daqueles que amam desenvolver talentos. Assim se queima mais uma geração! Assim nos mantemos no renascimento!

É a vida! Que pode, a qualquer momento, mudar!

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