Segundo inúmeros pensadores, há 3 níveis de desenvolvimento pessoal:
dependente (1º), independente (2º) e interdependente (3º). Eu acho
que ainda há um 4º, o da espiritualidade COLETIVA.
O primeiro é básico. Atingido por qualquer um, na infância. Baseia-se na ideia: eu perco, tu ganhas. Cria dependências. Pode ser treinado para que um indivíduo aí se posicione
durante toda a vida. A escola e a família são contextos muito
capazes de o fazer. Produz
bons trabalhadores, operários, formiguinhas comandadas e
limitadas nas suas opções. A nossa sociedade e cultura esmeram-se
neste esforço.
O segundo é conquistado por aqueles
que não se deixam subjugar facilmente a partir de certa idade.
Felizmente, a maioria. Baseia-se na ideia: eu ganho, mesmo que tu percas. Cria independências. É atingido por sucessivas transformações
conseguidas na juventude e idade adulta. É baseado no conflito e na
conquista da autonomia e do poder. É levado ao desempenho máximo
através da cultura competitiva e bélica que leva as pessoas a
sentirem que o melhor modo de viver é aquele que a faz sobreviver e
vencer, ocupando o espaço e forçando a vida dos outros. É
limitado, limitador, mas cria a sensação de conquista e
independência. É enganador. Cria felicidade efémera e sofrimento.
Cultiva a luta, a guerra e a violência. Subjuga os outros.
O terceiro nível é diferente. Baseia-se na ideia de que podemos ganhar, em conjunto, desde que pensemos no bem do outro e no nosso bem comum. Pretende ganhos mútuos. Cria interdependências. Desenvolve-se em todas as idades, através do aprofundamento da
empatia e do respeito mútuo, da assertividade e da responsabilidade.
Mas eu acho que ainda há um 4º nível!
Aquele que se baseia na ideia de que todos ganhos. Eu, tu e os
outros, se seguirmos alguns princípios de bem comum e formos capazes
de dialogar para gerar espiritualidade COLETIVA e inteligências
múltiplas unificadas. Esse é o nível da consciência coletiva que
nos permite ganhos mútuos e sustentáveis. Porque somos parte de um
mesmo todo que se encontra neste planeta comum, neste universo comum
de multiversos comuns onde há milhões de soluções pacificadoras disponíveis para praticar!
Infelizmente, apesar do conhecimento
global que hoje existe, a cultura portuguesa (e não só) ainda
cultiva e premeia os dois primeiros níveis! E reforça-se na defesa
de princípios económicos e de poder que lhes dão crédito, com a
cumplicidade dos jornalismos da treta.
Com base nessas abordagens de baixo
nível, reproduz os mesmos erros e sofrimentos do passado!
Paciência,
é a vida, vista e dirigida pelos básicos!
Paciência o tanas.
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