Passei o sábado de manhã na loja do
cidadão. Resolvi os assuntos que lá me levaram! Tive tempo para
reencontrar uma aluna diferente, brasileira, do Nordeste. Observámos
juntos o panorama.
Pudemos ver os rostos cerrados dos cidadãos. Assistimos a atos de solidariedade entre pessoas que não se
conhecem. Que estão treinadas para se entreajudarem. Mas a maioria …
essa maioria!
As expressões corporais e faciais
revelam cérebros programados para sobreviver,
em tensão, com pressão, com rostos pouco sorridentes, com pouca
cor. Percebi que estamos educados para nos fecharmos no medo e
no bloqueio que nos afasta do outro. Dá jeito!
Hoje estive no Continente. Num
hipermercado cheio de cor e de apelos ao consumo. Peguei numas maçãs
que cheiram a nada! Vi os mesmos semblantes carregados. Ao fim de
muito tempo, encontrei uns pêssegos, pequeninos, baratinhos,
portugueses, que cheiravam a fruta! Huauh!
Faltam sorrisos no ar, nas almas, nas
escolas, no coração! Sobram momentos de alegria iludida que se
desvanece com um travo amargo de frustração. Há angústia, tensão e muitos olhares
perdidos no chão :-(
Será o fruto da cidade?
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