quinta-feira, 19 de abril de 2012

«Filhos da puta»!


Não sou abrilista, nem abrileiro, nem fascista nem outubreiro, nem de esquerda nem de direita. Tento ser humanista, decente e ordeiro, não tendo uma vida perfeita.

Tenho saudade dos tempos em que ouvia nascer um novo dia cheio de esperança, com a magia ousada do Freitas, do Cunhal, do Sá Carneiro, do Soares e do Pires e de outros que tais, pessoas de ideais.

Vejo que nesta terra, os ricos bandidos da malta, usurparam as boas receitas, queimaram as grandes bandeiras e depois de nobres conquistas, levaram esta gente a direito à procura de memórias saudosistas e de consumos brejeiros. Queimando os sonhos e os futuros verdadeiros.

Esses filhos não são da esquerda, nem da direita. São «filhos da puta», oportunistas, malandros, normalmente engravatados, que com fatos bordados, fazem besteiras perfeitas.

Quanto desejo agora que a chuva caia lá fora, na rua, como deve, arraste em enxurrada, breve, mas forte, estas bestas matreiras que nos destruíram o norte. E, de novo, com um céu limpo, o povo, possa fazer reluzir a esperança, retomar um caminho de abundância, acompanhado de vinho e com muito mais consistência, com a confiança, que a doce democracia soube criar durante a sua breve infância.

Eles, os bandidos, não são republicanos nem monárquicos, de esquerda nem de direita. Roubaram-nos o prazer de sonhar e viver a liberdade organizada de uma democracia responsável, confortável e decente, com todas as gentes, que pensam e sentem de modo diferente.

Eles são os «filhos da puta»!

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