As tabelas salariais são uma chatice.
Igualizam, desmotivam, nivelam por baixo a vontade de vencer e de
crescer! Servem de padrão para a (in)justiça social!
Porque são
mal usadas, tornam-se elementos de desmotivação dos melhores e de
reivindicação estúpida dos piores … no desempenho da sua função.
Iludem, criam a ideia de que cada posto de trabalho é igual ao dos
seus pares! Puro engano em mais de 90% dos casos.
Directores, técnicos de serviço
social, educadores, médicos, enfermeiros, professores, «balconistas»,
vendedores … todos dependem da forma como tratam cada uma das
relações que estabelecem. Criam valor pelo que fazem e comunicam,
pelos resultados que alcançam. Nunca são iguais, apenas,
eventualmente, semelhantes!
O desempenho só é igual, às vezes,
nas fábricas, onde o ritmo e a qualidade do trabalho são definidos
pela rotina repetitiva e estúpida! Onde a pessoa é uma peça,
prolongamento da máquina. Em tudo o resto, o trabalho varia imenso
de pessoa para pessoa, de acordo com a sua entrega e as competências
que aplica!
Não se justifica pagar o mesmo a quem
cria desagrado, prejudicando a imagem de uma organização ou a quem
gera soluções criativas, inventivas, extraordinárias, criando satisfação, prestígio e um «valor excecional» aos
seus patrões/clientes.
As tabelas salariais são referências
promotoras de injustiça, apenas contrariada por prémios de
desempenho, resultantes de avaliações sérias, integradas e
formativas!
Numa sociedade de pessoas inteligentes,
informadas e responsáveis (que não é bem o caso de Portugal)
assente nos serviços, na criatividade e na relação, as tabelas
salariais poderiam ser um padrão de base, um referencial de salário
mínimo a partir do qual se pagariam acréscimos/prémios a quem
apresenta melhores desempenhos!
Mas não! São usadas como referências
equalitárias para proteger o dinheiro dos patrões, reduzindo a
entrega, o mérito e a qualidade do trabalhador a simples palavras de retórica.
Afinal, as tabelas são, atualmente,
uma das razões para a falta de competitividade, de emprego e de entrega dos
trabalhadores. As outras, que as reforçam, são a cultura dos
patrões e sindicatos. Estão todos a viver num passado que já
não existe, que as universidades e a comunicação social tendem a
preservar, estupidamente!
Depois, como sabemos, temos um défice estrutural de produtividade, competitividade e emprego. Que chatice!
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