quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O crime


A escola é essencial para o desenvolvimento humano! Na infância, marca-nos … para toda a vida. Imprime um conjunto de sentimentos e ideias estruturantes na memória emocional.

Aquela que ainda temos (apesar de tudo o que sabemos desde Freinet [1920], reforçada pelas reflexões desde os anos 60 do século 20) ainda castiga, amesquinha, esmaga e aprisiona! Maquiniza, iguala, cultiva o bullying dentro e fora da sala. Ainda promove a punição do erro, travando a descoberta e a aprendizagem. Faz o culto do ideal, emperrando a liberdade concretizadora. Educa para a verdade universal (dogmática) que se transforma em limitador pessoal. Mais tarde, promove o "chico espertismo", um forte destruidor social.

Não o faz pelo que ensina, mas, antes, pelas práticas e comportamentos que promove, pelos hábitos que transmite.

Com os conhecimentos pedagógicos que temos, a maioria das escolas podia cultivar a responsabilidade social e a liberdade individual. Mas não o faz! (Há honrosas exceções!)

Mais tarde, 30 a 40 anos depois, a escola transparece no individualismo, nas depressões que constato na meia idade, nos limites que os formandos mostram nas formações que realizo.

Afinal, a escola que tivemos há 40 anos [e a educação que muitos pais deram em casa], foi um crime. E a de hoje?

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