De acordo com a Teoria do Tudo, a
realidade tem 11 dimensões, 3 visíveis, outras tantas,
imprevisíveis! 4 já as conhecemos com algumas limitações. São três relativas ao espaço
(profundidade, largura e altura) e uma outra que Einstein revelou: «o
tempo».
Na criação de soluções, a
Arquitectura considera 7 dimensões e a engenharia 4, embora, muitas
vezes, desvalorize a componente histórica do tempo. Por esse motivo,
é difícil que os diferentes discursos e linguagens se entendam. Os
primeiros criam emoções e sentidos nas suas obras. Os segundos
buscam apenas a funcionalidade objetiva, por vezes, com alguma
estética.
A Arquitetura é um campo que fascina
pela sua complexidade, integralidade e imaginabilidade. Ultrapassa,
em muito, a frágil concepção da engenharia na percepção do Todo!
Mas, por vezes, descarrila para o inestético, irreal, disfuncional,
embrenhando-se na disléxica metafísica da forma e na plasticidade
do discurso … bem revelada nesta conjugação ambígua de palavras
que acabo de discorrer!
A Arquitetura, a boa e excelente, mesmo
que não exuberante, vai além das «4 dimensões do real concreto».
Foca-se também na perspetiva (construindo ideias e diferentes
apropriações emocionais, com estética), nas relações, com o contexto, e na
transcendência, tentando tocar a Alma dos Lugares.
Combina, pelo menos, 7 dimensões que, por vezes, os
mais frágeis arquitetos não dominam nas suas obras, mas outros usam
com mestria ... e a nobreza dos engenheiros mais habilitados;-).
Infelizmente, a manipulação segura
das 7 dimensões fica fora do intelecto da maioria esmagadora da
população, perdendo sentido e significado colectivos. Aí, …
perde-se o seu Valor. É uma pena!
Talvez o uso brilhante de 6 dimensões
e de um discurso inteligível revalorizem esta nobre arte/ciência do
saber criar espaços e objecto de referência e relevância, num
contínuo de interação dos arquitetos com o povo. Seríamos mais felizes em conjunto?
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