Há algo que me magoa …
continuamente!
Estar na margem, incompreendido, olhado
como estranho, visionário ou irrealista, ser incapaz de mostrar a
evidência, estar fora de tempo … dos outros!
Há 30 anos iniciámos as vitórias
das listas independentes nas associações de estudantes. Esmagámos
os partidos! Há 15 anos, inovámos no Marketing Territorial! Há 12,
no e-learning! Há 10, no empreendedorismo e no coworking [Empreender
+]! Tudo fora de tempo para um país fechado, atrasado, incapaz de se
adaptar. Tudo isto, hoje, está na moda!
Sou um génio? Não! Claro que não! Vi
melhor? Fui o único? Não. Nada disso. Nunca!
Apenas compreendi
o que outros viram também numa escala global, neste tempo, por esse
mundo fora. Quase copiei, ideias e conceitos de pessoas que andam na
crista da onda nas diversas temáticas do conhecimento. Olhei para as
américas do sul, os EUA, a Dinamarca, o Canadá, a Ásia, a ONU,
para todos aqueles que buscam construir um mundo melhor, integrador,
com outras soluções! Fiz o óbvio para quem se cultiva com espírito
aberto!
Fiquei só! Com os meus pensamentos!
Pensei, falei e senti, até agi, fora
de tempo!
É terrível estar fora de tempo! Num
país que vive sem tempo! Parado, atrasado! Custa, muito, ver a
estupidez emperrar tanto!
Não apenas a estupidez (limitação
auto-induzida das ideias) dos outros, também a minha. A minha
incompetência para ajudar os outros, em tempo útil, a descobrirem a
evidência do caminho!
Felizmente, há Alentejo e essa coisa
extraordinária: a música. Refúgios especiais que
não têm tempo e acalmam o isolamento!
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