A Terra - cheia de solo e água, onde
uns seres especais (a que chamamos plantas) se instalam para viverem
para além das civilizações - é a fonte da vida e a antecâmara da
morte, de um pesadelo anunciado para esta civilização que se julga
invencível, como a dos Incas.
Nascemos na Terra e nela vivemos para
morrer! Ou, numa perspetiva mais interessante, para ter o prazer de
passar por momentos que ajudam a aprender.
Os nossos níveis de tecnologia, muitas
vezes incivilizada, eticamente mal usada, têm maltratado este ser
que nos acolhe para recebermos a energia cósmica que emana do sol,
das outras estrelas e galáxias. A nossa arrogância, com aparente
base científica, tem-nos afastado do cultivo e do culto da terra.
Aumentando as condições para um colapso pessoal e civilizacional, constantemente adiados.
Aqueles que, um dia, regressam à
Terra, pela prática agrícola ou contemplativa, fugindo do tempo
industrializado que nos tem marcado – nos últimos 200 anos –
resgatam a Paz, resgatam a Vida. Renascem de forma espontânea para
um estado de espírito que apenas encontravam quando meninos,
inconscientes e livres, divertidos.
É assim com muitos adultos, mais novos e mais velhos, que, nas hortas urbanas, nas
caminhadas pela serra, nos passeios de canoa e nos encontros com a
Natureza, encontram os momentos de regresso à Terra. Sintonizam-se
numa energia de tranquilidade, acalmando a ansiedade que a vida do
relógio se encarrega de multiplicar.
Neste caminho, distante da Terra, será o saber Ocidental uma fonte de Vida, Progresso e Prosperidade? Até Quando? Serão as universidades um espaço de Saber? Com que limites? Qual o valor da sabedoria dos que Vivem, para além desta civilidade, no simples contacto com a Terra?
Esta é uma pequeníssima homenagem aos «campónios», aos «sábios populares», aos «monges» - no fundo, à «velha sabedoria» da Europa, das Áfricas, das Américas e da Ásia - que ainda não se perderam na Terra, envoltos na arrogância estúpida da ciência e da política do «Ocidente»!
É tão fácil crescer estúpido! Sem disso se ter noção!
É tão fácil crescer estúpido! Sem disso se ter noção!
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