quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

De volta à Terra


A Terra - cheia de solo e água, onde uns seres especais (a que chamamos plantas) se instalam para viverem para além das civilizações - é a fonte da vida e a antecâmara da morte, de um pesadelo anunciado para esta civilização que se julga invencível, como a dos Incas.

Nascemos na Terra e nela vivemos para morrer! Ou, numa perspetiva mais interessante, para ter o prazer de passar por momentos que ajudam a aprender.

Os nossos níveis de tecnologia, muitas vezes incivilizada, eticamente mal usada, têm maltratado este ser que nos acolhe para recebermos a energia cósmica que emana do sol, das outras estrelas e galáxias. A nossa arrogância, com aparente base científica, tem-nos afastado do cultivo e do culto da terra. Aumentando as condições para um colapso pessoal e civilizacional, constantemente adiados.

Aqueles que, um dia, regressam à Terra, pela prática agrícola ou contemplativa, fugindo do tempo industrializado que nos tem marcado – nos últimos 200 anos – resgatam a Paz, resgatam a Vida. Renascem de forma espontânea para um estado de espírito que apenas encontravam quando meninos, inconscientes e livres, divertidos.

É assim com muitos adultos, mais novos e mais velhos, que, nas hortas urbanas, nas caminhadas pela serra, nos passeios de canoa e nos encontros com a Natureza, encontram os momentos de regresso à Terra. Sintonizam-se numa energia de tranquilidade, acalmando a ansiedade que a vida do relógio se encarrega de multiplicar.

Neste caminho, distante da Terra, será o saber Ocidental uma fonte de Vida, Progresso e Prosperidade? Até Quando? Serão as universidades um espaço de Saber? Com que limites? Qual o valor da sabedoria dos que Vivem, para além desta civilidade, no simples contacto com a Terra?

Esta é uma pequeníssima homenagem aos «campónios», aos «sábios populares», aos «monges» - no fundo, à «velha sabedoria» da Europa, das Áfricas, das Américas e da Ásia - que ainda não se perderam na Terra, envoltos na arrogância estúpida da ciência e da política do «Ocidente»! 

É tão fácil crescer estúpido! Sem disso se ter noção!



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