quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Vamos tentar

Face a uma enorme carência financeira que deve perdurar até meados de 2013, diminuindo depois, gradual e lentamente, ao longo de duas décadas, os projectos que necessitam de alavancagem financeira estão muito condicionados e terão de ser repensados os seus modelos e mecanismos de alimentação.

Naturalmente, serão criadas alternativas formais, informais e cooperativas para conseguir acesso a este recurso. Serão abertas portas à colaboração transcontinental enquanto o sistema se reequilibra. Este processo estará finalizado quando o globo for governado por um sistema e numa economia GLOBAL que diminua as assimetrias, aumentando as complemetaridade, sem as eliminar.

Neste contexto, torna-se essencial investir em projectos micro e integrados/interligados em que a necessidade de financiamento não seja muito elevada e em que a alavancagem da actividade, do emprego e da vida com dignidade se possa dar com base noutros recursos (imateriais ou patrimoniais), gerando actividades ainda pouco conhecidas. Felizmente, temos Internet, um recurso de relacionamento e produção de informação e de conhecimento.

Será essencial ter também uma forte capacidade negocial e de adaptação (individual e colectiva), aproveitando as inteligências múltiplas (relacionais, cognitivas, espirituais, emocionais, sensoriais e ultra) para encarar este presente e o futuro próximo, com maior sensação de bem-estar.

Neste contexto, reduzir custos e desperdícios, aumentar sinergias, reforçar a alma e o espírito de equipa e recriar, colaborativamente, novos objectivos e processos de trabalho parecem ser elementos essenciais e acessíveis para a mudança e para o sucesso.

Assim, como alavanca, surgem áreas bastante pertinentes para o desenvolvimento dos negócios como a comunicação, as relações, a criatividade e a liderança. Surge a Equipa!

Serão precisas melhores pessoas e melhores equipas: maior paixão, concentração e força. É preciso um esforço de mudança acrescido, mais energia e sensibilidade. Não será necesário, obrigatoriamente, maior sofrimento.

Hoje, ainda será importante chegar depressa? Na escala global, em princípio sim! No nosso micro cosmos nacional, tenho dúvidas! Mas será essencial chegar no momento certo ao objectivo certo, com os recursos certos, saber perder, ser capaz de deixar cair sonhos (e recriar outros), saber aceitar a mudança de paradigma de trabalho e de sucesso (deixando cair os nossos hábitos recentes), aceitar que o que fazíamos deixa de ser possível e que podemos e devemos retomar hábitos antigos de vida, mais calmos, mais harmoniosos e com menor custo, mas forte investimento não financeiro.

É preciso lidar bem, do ponto de vista emocional, com a mudança, perder o antigo norte e recriar um novo caminho de orientação, em direcção a novos objectivos. É preciso estar preparado para reinventar, experimentar, falhar e recomeçar de novo, com mais energia e experiência.

Retrair para concentrar esforços e crescer parece ser uma das estratégias possíveis de desenvolvimento e sustentabilidade dos negócios, mas esta implica uma grande capacidade de gerir e dissipar emoções negativas.

Vamos tentar!

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